O presidente da Associação de Blocos Carnavalescos do Nordeste de Amaralina (ABCN), Robson Vieira, mais conhecido como “Bino”, participou, na manhã desta terça-feira (19) da audiência pública na Câmara de Vereadores que debateu a retomada do Carnaval de Salvador em 2022. A audiência foi proposta pela Comissão Especial de Acompanhamento da Retomada de Eventos, formada pelos vereadores Claudio Tinoco (presidente), Anderson Ninho (vice-presidente), André Fraga, Cris Correia, Daniel Alves, Leandro Guerrilha, Marta Rodrigues, Ricardo Almeida e Sílvio Humberto.
Em seu discurso, Bino destacou o seu dever, enquanto presidente da ABCN, em resguardar os direitos e defender a posição das cerca de 42 entidades carnavalescas filiadas à associação.
“Representamos 42 entidades e a maioria quer o carnaval. A opinião do presidente não conta. Todos concordamos que o carnaval precisa acontecer. ele é fundamental para a cidade. Nós temos que fazer acontecer o carnaval. Está difícil para a comunidade, para Salvador e para o estado da Bahia. Não vamos eleger culpados, vamos cobrar soluções”.
Bino rebateu ainda uma declaração do comandante de Operações da Polícia Militar. coronel Xavier sobre supostos casos de violência no Circuito Mestre Bimba e rechaçou a ideia de transferência do circuito para orla de Amaralina:
“A violência não existe apenas no carnaval do Nordeste. Nossos indicadores são os melhores possíveis. Nós, do Nordeste de Amaralina, somos circuito oficial, apesar de sermos tratados como circuito de bairro. Retiramos dos outros circuitos cerca de 25 mil pessoas por dia. Tivemos no ultimo carnaval, em 2020, a presença de cerca de 1000 turistas registrando o carnaval do circuito Mestre Bimba. Cobramos, acima de tudo, respeito ao carnaval do Nordeste de Amaralina”, disse o presidente.
“Quanto a proposição, feita há dois ou três anos atrás, onde a PM sugeriu transferir nosso carnaval para Amaralina nossa posição foi a seguinte: Nossa associação não aceita, a nossa comunidade não aceita e eu não vou aceitar. Foi uma decisão unilateral da Polícia Militar e que nós rechaçamos”, completou.
