“Angico 80 anos – O Crepúsculo do Cangaço”. Esse é o título do seminário que ocorre entre os dias 10 e 12 de julho na Biblioteca Central do Estado da Bahia. O encontro contará com a participação de estudiosos, pesquisadores e autores de obras versadas sobre o cangaço, além de descendentes de Lampião/Maria, Corisco/Dadá. O evento objetiva debater as diversificadas e, por vezes, discrepantes opiniões sobre assunto reconhecidamente polêmico. A programação vai contar com conferência, mostra de cinema, sessões de depoimentos e comunicações, intervenções, palestra, roda de conversa, exposições e apresentações culturais.
O seminário “Angico 80 anos – O Crepúsculo do Cangaço” é uma inciativa do Centro de Estudos Euclydes da Cunha – CEEC/UNEB em parceria com o Centro de Memória Documentação da Polícia Militar da Bahia – PM/BA e a Biblioteca Central do Estado da Bahia/BCEB. As inscrições podem ser feitas na página na página do Seminário no Facebook (Seminário “Angico 80 anos – O Crepúsculo do Cangaço”). Os participantes terão direito a um certificado.
Cangaço – Manoel Neto, historiador e Coordenador do Centro de Estudos Euclydes da Cunha (CEEC/UNEB), além de antigo morador do nosso bairro, desataca a simbologia da data de 28 de julho de 1938, onde Lampião, Maria Bonita e mais nove cangaceiros foram mortos em uma emboscada policial na Grota do Angico, e ressalta a importância da discussão acerca do cangaço enquanto “fenômeno social”. “Sempre achei simplista e superficial a afirmação pura e simples, embora verdadeira, de que os cangaceiros eram bandidos, seguida sempre do arrolamento copioso de fatos e notícias escabrosas sobre as atividades dos bandos, posto que isso nunca foi suficiente para explicar a origem do fenômeno social, hoje transfigurado em relevante acontecimento histórico e referência cultural do nosso país, porquanto, reportado no cinema, na literatura, nas artes visuais, como também, no fazer acadêmico e nos debates intelectuais”, explica Manoel.