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[Coluna NES] É impossível ser feliz sozinho

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Por Betho Wilson

Olá gente do bem, como vocês estão nesse exato momento da pandemia? Espero que apesar de tudo isso estejam bem.

Esses dias eu fiquei refletindo à cerca de tantos acontecimentos simultâneos e atuais que reinam nas rodas de conversas em lares, bares e virtualmente em grupos de aplicativos de mensagem, o caso do jovem negro e a acusação de roubo da bicicleta, o homem que está numa perseguição policial quase que cinematográfica na mata de Goiás, CPI no senado tratamento de quem é a responsabilidade por tantas falhas no enfrentamento à doença, sem contar a pandemia que já é um desgaste que dura aí quase que um ano e meio, além de nossas próprias demandas rotineiras que a vida naturalmente impõe.

Lutar por sobrevivência é uma das características que trazemos desde quando surgimos lá nos primórdios do processo evolutivo, somos uma espécie que evoluiu e se estabeleceu no meio ambiente como a mais ou, talvez, a única racionalmente capaz de dominar outra e ainda assim não conseguimos evitar eventos inesperados que nos testam e exigem organização.

Eu tive muita sorte de nascer numa época aqui na nossa comunidade onde o fator grupo era muito forte. Isso ficava claro quando arrumávamos a rua enfeitando casas e postes com artigos juninos, por exemplo, bem como juntos lutávamos contra o excesso de alguma instituição fosse ela pública ou privada que tentava impor alguma condição árdua à comunidade

Não é difícil ouvir por aí da boca dos mais velhos a frase, “o Nordeste era mais unido”, isso é dito por quem vivenciou a luta em conjunto, pois havia um sentimento de igualdade entre nós, o famoso, nós por nós, uma vivência e prática tão comum que nos fazia parecer uma grande família onde todos se cuidavam, os mais novos dando braço aos mais velhos que, por outro lado eram exemplos a serem seguidos por sua caminhada correta e exemplar.

A minha luta é ou deveria ser a sua luta. Essa frase que parece saída de um filme épico com roteiro de revolução ou libertação era vivenciada por uma comunidade que havia entendido que a conquista de direitos passava pela marcha coletiva, um coletivo para além de bandeiras partidárias, de ideologias políticas ou religiosas, uma marcha pura e simplesmente por uma visão de igualdade, uma igualdade dentro da diversidade, pois respeitando as particularidades de cada um, enxergava a necessidade do todo.

Em meio a essa semana de tantos fatos mundo a fora e dentro de nossa comunidade pude perceber o quão desorganizados estamos como grupo e assim somos alvo fácil da manipulação de seja lá quem for ou de onde parta. Sinto saudade do espírito de união que, quando criança, vi aqui tão latente, tão presente, e acredito que podemos melhorar nossas vidas se retornarmos a percorrer essa via.

Cada operação matemática tem a função de trazer resultado exato para a equação e seu problema, essas operações cooperam entre si, fazendo cada uma seu papel ao seu modo com o único objetivo de que as partes recebam seu quinhão correto equilibrando o sistema. Nós somos assim, somos cada um, um sistema operacional com suas individualidades, mas que se cooperamos uns com os outros fazemos coisas grandes e conquistamos resultados para o todo que é a comunidade.

Descobri que autonomia é bom, mas que la alcançar parte de se organizar em grupo. Façamos isso para obtermos a unidade necessária para construir um mundo melhor cuidando de cada um que compõe nosso grupo e assim teremos a força dos antigos pulsando em nós. Se são tempos difíceis, e realmente são, façamos por onde adoçar e aliviar a caminhada dando braço a quem precisa e pedindo braço quando o peso for insuportável.

Assim como iniciei citando casos difíceis que acompanhamos no noticiário encerro com o exemplo que ocorreu no Acupe de Brotas onde um vendedor de sopa que apresentava seu produto aos gritos foi ameaçado por um morador incomodado e no mesmo episódio foi acolhido é protegido por todo o condomínio onde vendia, é disso que estou falando, organizar para proteger o todo.

Um beijo e um abraço, e lembre: É impossível ser feliz sozinho!

Redação NES
Redação NES
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