A história do professor de inglês, Adriano Gomes, 24 anos serve de exemplo para todos aqueles que, na busca pelo sucesso profissional, se deixam levar por “excelentes” propostas” de trabalho fora do país. O que acontece é que na prática o sonho acaba se tornando um pesadelo.
Morador da Chapada do Rio Vermelho, Adriano sempre chamou à atenção pela dedicação aos estudos. Filho de mãe solteira, ainda aos 4 anos de idade, mudou-se para o Rio de Janeiro. Lá dividia um barraco com as tias. Aos 5 anos de idade, já sabia ler e escrever. Após seis anos na cidade maravilhosa, a situação apertou e o garoto voltou para Salvador, onde passou a morar com a mãe, duas irmãs e uma tia. Ainda assim, apesar das dificuldades, Adriano nunca deixou o estudo de lado. Frequentou o ensino fundamental na Escola Municipal Teodoro Sampaio e, mais tarde, mudou-se para o Colégio Estadual Rafael Serra Vale. Foi ainda no ensino médio que o jovem descobriu seu amor pela língua inglesa. Aluno do Colégio Estadual Odorico Tavares, onde concluiu o ensino médio, Gomes participou de um projeto para bolsa em uma escola de idiomas e acabou contemplado. Ao fim do curso, o jovem começou a dar aulas particulares e em escolas da rede privada.
Em 2015, ingressou no curso de Letras Vernáculas da Universidade Católica do Salvador (UCSAL) e logo começou a estagiar em escolas públicas de Salvador. No final e 2016, Adriano foi indicado para participar de um processo seletivo para o Ministério da Educação do Equador, onde foi aprovado. Posteriormente, Adriano foi convidado para trabalhar em um colégio em Cali, na Colômbia. Seduzido pela oportunidade de aprimorar o seu espanhol, ganhar experiência e poder prosseguir com seus trabalhos para ajudar sua mãe e irmãs no Brasil, o jovem não titubeou em aceitar o convite. “Teve um problema lá no governo do Equador e acabaram com o programa. O próprio Ministério da Educação do Equador entrou em contato com o Ministério da Educação da Colômbia… Daí me pediram para que eu enviasse meu currículo. Recebi um e-mail me chamando para fazer uma seleção. Fui e passei. O projeto oferecia uma boa quantidade financeira, além de legalidade para viver no país”, conta o jovem.
Na Colômbia, o sonho do baiano se tornou em angústia . A escola acabou não cumprindo com os acordos e não pagando o que fora combinado. Para pior, Adriano além foi assaltado e levaram um resto de suas poucas economias que utilizava para alimentação. Desolado, longe de casa, sem a família e amigos o professor entrou em depressão. “É uma questão muito pessoal… Estou ansioso… Tive crises de ansiedade e de pânico…Meu objetivo agora é só um: voltar para casa”.
A família e amigos deram início a uma campanha afim de arrecadar fundos para que Adriano volte ao Brasil. Que quiser ajudar deve entrar em contato no link:
https://www.vakinha.com.br/vaquinha/adriano-de-volta-para-o-brasil
Por Tiago Queiróz e Jefferson Borges