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“Blogueira de axé” se diz vítima de intolerância religiosa: “sofro preconceito diariamente”

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“Alguns evangélicos começaram a me atacar nos comentários… Fiquei mal, precisando tomar remédio para dormir”, relatou a jovem Evellyn Sanches, de 21 anos. A blogueira, moradora da Rua do Eco, no Vale das Pedrinhas, vem ganhando destaque nas redes sociais ao publicar conteúdos sobre religiões de matriz africana. Candomblecista, Evellyn iniciou esse trabalho há quatro anos, na mesma época em que foi iniciada no axé. Por conta dos ataques, a jovem passou a enfrentar problemas psicológicos:

“Isso afetou o meu emocional. Ouvi coisas como: quero ver você fazer piada quando estiver no inferno. Inclusive, recebi ameaças. Cheguei a apagar meus vídeos no Instagram e no Tik Tok. É muito difícil ter que desistir do meu trabalho por conta do preconceito.”

Ainda segundo a jovem, os ataques não se restringem ao mundo virtual:

“Costumo ouvir comentários preconceituosos quando passo pela rua. Fui vítima de preconceito também dentro do meu trabalho. O preconceito está muito maior do que eu pensava.”

Em tempo: No Brasil, a Lei n.º 7.716, de 5 de janeiro de 1989, alterada pela Lei n.º 9.459, de 15 de maio de 1997, considera crime a prática de discriminação ou preconceito contra religiões. O Código Penal Brasileiro (Decreto-Lei 2.848/1940), em seu artigo 208, estabelece que é crime “escarnecer de alguém publicamente, por motivo de crença ou função religiosa; impedir ou perturbar cerimônia ou prática de culto religioso; vilipendiar publicamente ato ou objeto de culto religioso”

Tiago Queiroz
Tiago Queiroz
Graduado em Comunicação/Jornalismo, e exerce as funções de Editor e Coordenador de Jornalismo do Portal NORDESTeuSOU

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