Ser mulher é ser guerreira porque a sociedade faz com que não tenhamos outra opção. Em algum momento da vida iremos ter que enfrentar as barreiras que o feminino nos impõe. Jornada dupla e até tripla de trabalho, violência doméstica, assédio, LGBTfobia são batalhas diárias enfrentadas por mulheres.
Mulher não pode usar roupa curta, não pode sair só à noite, não pode passear com as amigas se for casada, não pode, não pode…. São tantos “não pode” impostos que em algum momento a guerreira que há em todas nós precisa entrar em cena.
A mulher moderna, além de cuidar dos filhos e da casa, trabalha, estuda, malha, vai ao terreiro, ao templo, ao centro. Temos múltiplas funções e papéis.
Se a mulher quer ter filhos dizem “ não vai poder fazer mais nada”, se a mulher não quer dizem “ vai ficar para a titia”. Se decidam. Melhor, elas deixem decidir!
Um homem sozinho a noite na rua tem medo do assalto, uma mulher sozinha a noite na rua tem medo do assalto, do assédio, do estupro. Esse é o nosso cotidiano, qualquer desconhecido na esquina vazia representa perigo. São muitos os casos de estupro registrados diariamente.
A mulher precisa ser guerreira para conquistar espaço na política, no trabalho e até mesmo na família. As condições impostas a nós não nos permite ser menos que isso. Guerrear para sobreviver.
Avançamos muito, porém ainda há muito para se conquistar.