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Taxistas do Vale das Pedrinhas “Valorizem nossos clientes; eles são o segredo para nosso sucesso!”

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Um ponto de táxi, bastante conhecido pela população, faz questão de tratar seus clientes como se fossem da própria família: o grupo Táxi do Vale. Há mais de quarenta anos, este grupo vem servindo a população do nosso bairro, e sob uma direção visionária e organizada, trouxe inovações para a companhia. Se mostraram mais do que necessários nessa pandemia e alavancaram a moral dos motoristas de táxi. 

Conversamos com essa nova direção e trouxemos até vocês, moradores do nosso amado Nordeste de Amaralina, a oportunidade de enxergar pelo ponto de vista dos nossos taxistas. 

Cristiano, Valter, Cristiano e Weverton, líderes da companhia, nos contaram um pouco da história desse grupo e de como conseguiram transformar a cara do grupo.

Felipe, NESQuando e como surgiu a ideia de criar o grupo ?

Táxi do Vale – “Bom, o nosso grupo foi fundado em 13/05/2016, depois que conversei com o Weverton, e, veio a brilhante ideia de criarmos um grupo de taxistas. Não achávamos que tudo isso ia acontecer, que ia prosperar tanto. Tiramos uma foto da frota, colocamos como a capa do grupo e começamos a adicionar alguns motoristas. De início, fizemos a proposta boca a boca com alguns clientes, convencendo-os a estar conosco. Fizemos uma triagem, e só os motoristas que se encaixavam no perfil e se adaptaram com as normas criadas, foram admitidos na companhia. Todos são treinados a exercer um tratamento de excelência para com os clientes, e hoje podemos ver os frutos desse trabalho.”

Felipe, NES – Que maravilha! Poderia dizer como funciona o sistema de liderança do grupo ?

Táxi do Vale – “Atualmente, somos três líderes: O Weverton, o Valter, que é pai do Weverton, mas as pessoas o conhecem como Tio Liu, e eu, Cristiano. Somos um time de conselheiros. Na nossa companhia, trabalham mais de 25 motoristas então, algumas desavenças e quebra de normas podem acontecer. É aí que entramos em ação, sempre buscando a melhor solução para o motorista, e de modo que, também, não interfira no tratamento ao cliente.”

Felipe, NES – Segundo alguns clientes em geral, os motoristas de táxi são mal-educados e desrespeitosos. Qual seu ponto de vista acerca desse argumento ?

Táxi do Vale – “Infelizmente, nessa profissão, assim como em qualquer outra, tem frutas podres. No entanto, essa pequena porcentagem, não representa a maioria dos motoristas que prefere ser prestativo, respeitoso e acima de tudo, ser humano. Nosso sistema de triagem não permite que essas frutas podres cheguem até o cliente.”

Felipe, NES – Suas maiores dificuldades, quais são ?

Táxi do Vale – “Com certeza, a falta de união. A classe taxista poderia estar muito mais avançada. Mas muitos ainda preferem continuar na monotonia, e não não se atualizar. A era da internet chegou, tudo é digital, mas nem todos querem se esforçar para fazer parte do progresso.”

Felipe, NES – Nessa pandemia, a população sofreu com inúmeras mazelas, principalmente a falta de ônibus durante a operação policial que foi deflagrada há alguns dias. Como ficou o fluxo de clientes ?

Táxi do Vale – “Tivemos dias complicados mesmo, mas nós estamos aqui de domingo a domingo, sempre prontos a servir, firmes e fortes. Nós nos esforçamos e damos assistência total aos nossos clientes para que se sintam seguros, bem servidos e, sim, aumentar a procura. Nós temos um sistema de valores no qual nós usamos somente a bandeira 1, buscando assim, o valor mais acessível para o cliente. Trabalhamos também com agendamento, chegando no horário para melhor atender aos nossos queridos amigos do Nordeste”, completou.

Procuramos também alguns dos fiéis clientes para depoimentos, e encontramos a Verônica Sousa, que é fisioterapeuta, mestranda em imunologia pela UFBA, e moradora da Santa Cruz.

“Minha história com o grupo Táxi do Vale, é o que acontece com muitas mulheres; o fato de morar em um bairro que tem o estigma de perigoso é bem complicado.

Muitas vezes eu precisei pegar um táxi e, quando eu entrava e avisava que o destino era a Santa Cruz, eles diziam que não poderia trazer, ou que me deixaria só no fim de linha e que não poderiam me deixar na porta de casa.

Outros simplesmente pediam para eu  descer. Diziam que não podiam me atender e que não entraria no meu bairro. Não foram poucas as humilhações e os constrangimentos que já passei.

Até que um dia, entrei no táxi, e já muito chateada, falei com o motorista: Eu tô indo para Santa Cruz. Você pode me levar ? E ele disse: Posso sim! Sou motorista e moro lá. Eu acho que foi o dia mais feliz da minha vida, porque nesse dia ele me deu o cartão do táxi do vale, e isso já tem mais de 2 anos. O atendimento é de excelência, todos são extremamente respeitosos, educadíssimos e gentis.

Eles sempre tiram minhas compras de dentro do carro. Já aconteceu de eu estar muito cansada depois de um dia de trabalho e pegar no sono dentro do táxi e, como ele já sabia qual era o percurso, seguiu. Ao final da corrida, me acordou e, pra minha surpresa, já estava na porta de casa”, disse ela.

E você leitor, qual a sua experiência com o Táxi do Vale ? Conta pra gente! 

Felipe Oliveira
Felipe Oliveira
Fascinado pelas Letras, escritor, músico, compositor, cristão.

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