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“Você pra mim é um ladrão. Você é vagabundo! Essa desgraça desse cabelo. Tire aí [o chapéu], vá! Essa desgraça aqui. Você é o quê? Você é trabalhador é, viado?”

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O racismo não dá descanso! E essas foram as palavras ditas por um policial a um jovem negro domingo, em um bairro periférico de Salvador.
Todo dia a gente acorda e é aterradx por esse monstro que nos fere a carne e temos que cavar par sair do buraco com as próprias mãos.
Em poucos dias, as crianças Valentina e Verena tiveram sua dignidade ferida por quem achava que 1 Podia dar opinião não solicitada pela aparência física delas e 2 Achou que poderia dar sua opinião pesada e desinformada para duas criança negras.

Logo depois, Lorena, mulher negra e empresária, foi investigado e constrangida pelos funcionários de um banco que chamaram a polícia! Porque, ela não teria cara de quem tem dinheiro! Tem uma tabela de cores no imaginário coletivo das pessoas e cada cor é para uma pessoa que tem cara de tal coisa! Duvida? Faz aí uma enquete, pergunta aí a que tá do seu lado como ela imagina a cara de uma pessoa com bom caráter, faz esse exercício com você mesmo!


Os socos nesse menino foram em todos nós, o mata leão que deram em Crispim foi em todos nós. Batem, agridem, desrespeitam, desumanizam e ferem a dignidade de todxs nós. O racismo e seus pressupostos sobre nossa estética, nossa cultura e nossas subjetividades autorizam as violências que vivemos cotidianamente! E pior! Antecede nossas mortes físicas! Passamos uma vida inteira de violações e de negações e no final custa tão pouco matar um negrx, no fim, naturalizam todas as balas que nos encontram, todas as noites nas filas pra marcar médico ou pra pagar licença de venda no carnaval!


Aos policiais negros, NOSSO, o meu, o seu, o do rapaz são cabelos de trabalhadores, olhe bem, olhe fundo, olhe nas suas história de jovens negros e vão lembrar que são iguais, inclusive em todas as vezes que sentiram que suas estéticas doeram porque foram usadas para lhes negar e marginalizar. O rapaz poderia ser qualquer pessoa negra, poderia ser candomblecista ou evangélico, ter uma boa condição financeira ou ser de uma família duramente empobrecida.
A verdade é que o racismo nos fareja e nos encontra. Nada o confunde e infelizmente nada nos blinda!
À Instituição Polícia Militar da Bahia exigimos apuração, responsabilização e punição.

Texto Reprodução das Redes Sociais, Autor desconhecido

Redação NES
Redação NES
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