Maria Eduarda, a jovem de apenas 14 anos, filha de Adriana de Jesus e Aldemir Fernandes, porém criada por sua avó Pedra Fernandes, sempre teve o sonho de ser uma atleta e no bairro do Nordeste de Amaralina encontrou a Academia Nova Astral, que a ajudou realizar esse sonho.
Maria Eduarda, também conhecida como Duda, teve uma infância como a de qualquer outra criança subindo e descendo as ladeiras do bairro, brincando com seus amigos, andando de bicicleta e curtindo muito a praia da Amaralina. Só que Duda tinha um diferencial: ela sonhava em ser uma atleta do boxe.
Aos 13 anos, assistindo a um programa de televisão, logo se identificou com a matéria que estava sendo transmitida. “Estava sentada vendo televisão com minha vó, como fazemos sempre antes de dormir, até que apareceu uma matéria falando do boxe e logo chamou minha atenção e de imediato disse que queria fazer aquilo, no outro dia fui à procura de uma academia de boxe aqui no bairro e um amigo meu me apresentou a Novo Astral.”, disse Maria Eduarda.
De acordo com Duda a família dela não reagiu muito bem, por ser um esporte de contato e ela ser uma mulher acabou sofrendo aquele famoso preconceito misturado com machismo. “Minha mãe falou logo que isso era coisa de doido, que era para eu procurar outra coisa para fazer, até porque o boxe não iria me dar dinheiro e nem futuro”, lembra.
Porém, a jovem estava decidida e aos poucos sua família começou notar a diferença. Duda, que passava o dia inteiro brincando, agora tinha uma rotina: “Quando perceberam minha evolução começaram a aceitar, pois com o boxe eu criei uma rotina alimentar, criei uma rotina para dormir e isso mudou completamente a minha vida.” disparou Maria Eduarda.
Maria Eduarda, que cursa o sétimo ano do ensino fundamental, na Escola Municipal Teodoro Sampaio, diz que até na sua vida escolar houve uma mudança. “No colégio eu gostava mesmo era de brincar, até hoje na verdade, mas agora eu sei equilibrar o horário de brincar com o horário de estudar”, pontua.
Nesse período, que Maria Eduarda começou a praticar o boxe ela teve seis lutas, sendo que a mais inesquecível foi a última, no dia 15 de dezembro de 2018, onde ela lutou com sua amiga Kátia Cunha: “Foi a mais inesquecível, mesmo o resultado não sendo favorável a mim. Kátia é como se fosse uma irmã para mim e lutar com ela foi difícil, porém fizemos uma luta linda e emocionante”.
“O conselho que eu quero deixar é que vocês não desistam dos seus sonhos, pois o boxe é um de muitos sonhos que eu tenho e já consegui realizar e acredito que irei realizar outros assim como vocês”, diz a jovem atleta.