No próximo dia 13 de outubro, no Vaticano acontecerá pelas mãos do Papo Francisco um dos momentos mais aguardados pelos fiéis católicos a canonização da Beata Nordestina, Baiana e Brasileira, Irmã Dulce. Segundo os dogmas da Igreja Católica Apostólica Romana é necessário para que uma pessoa seja declarada como santa, são imprescindíveis dois milagres: um para a beatificação e outro para a canonização. A fé é algo que foge da explicação dos olhos do homem, qualquer coisa não é compatível de esclarecimento da ciência. Embasado nesse contexto que a moradora da Santa Cruz, paroquiana da Igreja Santo Andre, Maria Cosme dos Santos, 68 anos, evidência possível milagre atribuído ao Anjo bom da Bahia.
“Sou frequentadora da Paróquia Santo André no Vale das Pedrinhas. Ao longo dos meus 68 anos de vida sempre dedicado a minha fé católica. Nesses anos nutre um afeto pela Irmã Dulce, laço que ocorreu pela admiração e inspiração da sua vida religiosa, um grande exemplo de mulher temente a Deus e que sempre buscou de forma humilde ajudar os mais pobres, seguindo os preceitos de Jesus Cristo. Participei da Beatificação. No qual defino como um momento de pura graça. Naquele dia pulsava ainda mais forte o desejo de acompanhar seus passos e cooperar na sua obra missionaria. Entrei em contato com as Obras Sociais Irmã Dulce, contribuindo com mais amor e fé. E o laço de devoção e intimidade sempre aumentava. Sempre rezava junto a misericordiosa. Ganhei um lencinho com sua imagem e passei a carregá-lo na bolsa, faço minhas pausas diárias e rezo o terço e seguro o lencinho. Carrego a certeza que Ela intercede junto a Deus por mim e os meus”, explica sua relação com Irmã Dulce.
O vínculo com a caridosa só crescia junto com a credulidade e veneração, até um apelido carinhoso foi dado “Minha Santa Dulce”. Em uma prosa diária com seu esposo Maria Cosme descobre que suas vidas entrelaçam além do presumido. “Em uma tarde após o almoço em conversa com meu marido abordamos a história de Irmã Dulce, um tema que surgiu de maneira aleatória, descubro que ele a conheceu pessoalmente e teve sua vida transformada pelas suas benfeitorias. Ele teve uma infância difícil, muito pobre, sem acesso a escola, por volta dos seus nove anos de idade nas suas andanças por Salvador a encontrou. Segundo seus relatos Ela era nova e ministrava aulas em um galpão. Ele passou a ficar na porta, até que ela foi ao seu encontro, estendeu a mão sobre sua cabeça e sondou: “Meu filho você está sozinho? O que está fazendo aqui? Quer estudar? Com as afirmativas”, a mesma deu um santinho e um lanche, orientou falar com seus pais e voltasse no dia seguinte para realizar a matrícula e estudasse . Dito e feito, por via da boa ação da “Minha Santa Dulce” dispor de transformação na sua vida, o menino pobre sem perspectiva de existência adquiriu uma formação de barbeiro, anos depois chegando a cursar Direito”, comenta de um episódio vivenciado com seu esposo que chamou atenção.
De acordo com a com a mulher o milagre teria ocorrido após pedir a Irmã Dulce para interceder por ela, por conta de problema que quase tirou sua vida. “Realizei uma viagem para casa da minha irmã na Ilha. Tem por volta de cinco anos essa história. Devido a minha idade elevada e alguns problemas de saúde que é comum na faixa etária passei mal após o almoço. Com o passar do tempo foi se agravando. A enfermidade me causava muito desespero, preocupação e dores. Imaginei que não sobreviveria. O hospital era muito distante. Não sabia mais o que fazer. Por um momento parei, percebi que o desespero não resolveria. Descansei meu coração. Apesar da forte dor que tomava meio rosto, fique inchada. Quando cochilei, no pensamento vi Irmã Dulce e falava do lencinho. Acordei. Peguei o lencinho coloquei no local e clamei, orei, pedi sua intercessão. Fui ao banheiro e após engolir a saliva a enfermidade desapareceu, a chaga sumiu completamente. Fiquei boa, de forma inexplicável. Atribuo o ocorrido à fé, a intercessão da minha querida Irmã Dulce junto a Deus. Essa confiança move montanhas e creio na força da sua transformação. Esse não foi o primeiro episódio da intercessão de Irmã Dulce na minha vida, em momentos anteriores advieram outras bênçãos”, Maria Cosme narra o seu testemunho de fé com Irmã Dulce.