Hoje senti um aperto no coração e logo corri para escrever. Na noite desta terça-feira (22) mais um jovem morreu no complexo do Nordeste de Amaralina. Mais uma família destruída. Mais uma mãe que chora com a perda precoce de seu filho. A violência urbana cada dia aumenta nas comunidades do Brasil, a falta de oportunidade acaba levando muitos jovens a buscar outras vias para se sustentar, muitas vezes vão parar no poder paralelo. Toda criança nasce e cresce com um sonho de ser jogador de futebol, um bombeiro, cantor ou ser o dono da favela. A vida de ostentação tem um custo e esse custo é a própria vida. O crime não compensa, é foda e para quem tem disposição. Não é só colocar uma arma na cintura e mostrar que tem o poder. Infelizmente, quando o resto do mundo vira as costas o crime vem e abraça.
É fácil também quem está de fora apontar o dedo e falar: “morreu porque estava envolvido”. O importante é saber o que levou aquele jovem a escolher esse caminho, saber como estava a sua cabeça e estrutura familiar. Quem não vive a realidade de dentro das periferias nunca, digo NUNCA vai entender o que é ser discriminado o tempo todo. É sempre ter que ter um argumento quando abordado para não ser confundido com um marginal. A juventude do nosso país precisa ser assistida. Precisamos de escolas que acolham esse alunos e não os afaste. Precisamos de cursos, de emprego e OPORTUNIDADE. Só tem uma coisa que pode mudar esse cenário triste do nosso país, que é a EDUCAÇÃO. Mas infelizmente é mais fácil matar um jovem e colocar nas estáticas do que investir em um ensino de qualidade, em oportunidades para que essa realidade venha a ser mudada. Eles não estão nem ai para a gente, hoje uma mãe chora sepultando seu filho amanhã outra mãe chora e assim vamos guerreando dia a dia nessa pais desigual.