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“Baba de saia (e do vinho)” é tradição pelas ruas do Nordeste de Amaralina; veja imagens

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É tradição. Sexta-feira Santa é dia do “Baba de Saia” ou “Baba do Vinho”. O nome pouco importa. O que vale é a algazarra e alegria. Em diversos pontos do Complexo Nordeste de Amaralina brotam-se homens ou garotos vestidos de saia (da mãe, namorada, da irmã ou até um pedaço de pano improvisado) batendo a velha pelada com rapaziada e degustando infindáveis copos de vinho. E tem mulher vestida de homem também! A diversão é unissex.

A equipe do Nordesteusou foi aos quatro cantos do Complexo Nordeste de Amaralina e testemunhou a irreverência dos barbados de saia destilando litros de linho. Nordeste, Vale das Pedrinhas, Chapada ou Santa Cruz. Tem baba de saia e baba do vinho, sim senhor!

Danilo Oliveira Silva, 24 anos, morador da 2 de julho, na Santa Cruz

“É ousadia e alegria! Pegamos a saia da mãe, da avó, da tia e começamos a fazer nosso baba… Esse ano resolvemos bolar uma fantasia diferente, de enfermeira. Depois de dois anos parados, voltamos. Poder voltar está sendo muito gratificante”

Carol Barreto, 17 anos, morador da 2 de julho, na Santa Cruz

“Muito legal se reunir e lembrar da infância. Hoje em dia não se vê muito isso, pois as pessoas só querem o mundo virtual. Acho engraçados os meninos vestidos de saia, assim como as meninas se vestem como homem também. Acho que deve continuar sempre essa cultura. Não podemos deixar morrer, pois isso é muito importante para comunidade”.

Marcelo, morador da Serra Verde

“A galera veste de saia, toma vinho e a diversão é garantida. Também é gostoso estar jogando bola. A tradição e a brincadeira continuam…nunca tive receio de vestir q saia. Está no currículo da galera. Esse baba aqui, por exemplo, existe há mais de 14 anos”.

André, morador da Rua Reluz , Vale das Pedrinhas

“Desde que me entendo por gente esse baba existe. É antigo e tradicional. Se vestir de saia é normal, descolado… Depois de uma época difícil de 2 anos de pandemia estar se reunindo com amigos para celebrar é muito gratificante e emocionante. É estar com os amigos que sobreviverem. Isso não tem preço.”

Daniela Vasconcelos
Daniela Vasconceloshttp://www.nordesteusou.com.br
Poeta nas horas vagas e com grande gosto por letras e comunicação no geral.

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