ESPECIAL MÊS DAS MÃES – Conheça a história da guerreira Herlane Silva, moradora do Luis Anselmo

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Herlane Silva, de 29 anos, moradora do Luís Anselmo é uma mãe que precisou ser forte quando queria ser sensível. Uma mulher que queria ser fraca, mas não era possível. Uma mãe que teve uma gravidez difícil, mas não impossível. Guilherme Silva veio ao mundo com 1,844 Kg, 44 centímetros e com 8 meses de vida. Prematuro. No final da gravidez, Herlane descobriu que poderia ter um aborto espontâneo ou um parto prematuro, pois seu colo do útero estava curto.

“Dois dias depois do meu aniversário fui fazer uma ultrassom de rotina e descobri que poderia ter um aborto espontâneo. Entrei em desespero. Minha obstetra disse que o único jeito era colocar um pessário cervical. Passei por uma pequena cirurgia, me afastei do trabalho e fiquei de repouso”, conta.

Esse era o início de uma longa jornada pelo qual Herlane iria passar, mas a palavra “desistir” não estava escrito na vida desses dois.

“Gui insistia em vim antes do tempo. Quando as enfermeiras foram fazer mais uma ultrassom, perceberam que meu líquido amniótico estava baixo e eu precisava fazer uma cesárea com urgência. Fiquei nervosa, passei a noite em claro e orei o tempo todo pedindo a Deus proteção e entregando tudo nas mãos dele”, relata.

“Ele nasceu cabeludo e fazendo xixi na médica. Não pude carregar meu bebê assim que ele nasceu. Foi direto pra incubadora. Quando toquei nele pela primeira vez, ele segurou meu dedo, abriu os olhos e fechou de novo. Não tive como conter as lágrimas”.

Após receber alta e seu bebê continuar internado, a ex-gestante precisou se acostumar a uma nova realidade, principalmente em período pandêmico.

“Eu me questionava o tempo todo, não queria deixar Gui naquele lugar sem mim, até que Deus enviou um “anjo” para conversar comigo, uma enfermeira. Ela me disse palavras lindas, me deu um testemunho e no final me deu um abraço. Por conta da pandemia, não pude ter minha mãe ao meu lado e não recebia visitas. Fechei os olhos e imaginei que estava abraçando ela. Foram momentos que marcaram muito minha vida e eu jamais esquecerei”, relata.

Passado o sufoco, Guilherme cresceu e hoje é um menino ativo e com muita energia acumulada, chegando a fazer até aulas de karatê.

“Meu filho ele é um pequeno grande guerreiro. É um menino cheio de saúde e de muita energia. logo no início, achei que era doideira fazer isso por conta da idade dele, achava que ele nem iria prestar atenção nas aulas, mas, por sua vez ele sempre me surpreendendo com sua inteligência e obedecendo todos os comandos do professor”, finaliza.

Oliver Almeida
Oliver Almeidahttp://nordesteusou.com.br
Formado em rádio/tv. Produtor por amor, jornalismo com vigor. Artista da dança, pois é o que me mantém vivo. Colaborador do Nordesteeusou e coordenador do Luisanselmoeusou.

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