O programa tem como proposta identificar de qual maneira os surdos estão inserido na comunidade, em quais contextos e como acontece a interação com a outra parcela da comunidade, além de destacar quais são as barreiras e os desafios enfrentados no seu dia a dia.
O trio de estudantes é formado pelos jovens universitários, Elisabete Santos, Luis Lago (nosso repórter) e Yngrid Souza, sendo que os dois primeiros citados são moradores da comunidade. A base do trabalho teve início há pouco mais de quatro meses, quando os estudantes se debruçaram durante horas estudando e buscando informações sobre a Surdez no Brasil, e de qual forma acontece o processo de inclusão na sociedade.
Pleiteando um desafio ainda maior os estudantes escolheram como campo de pesquisa a comunidade do Nordeste de Amaralina: “Acredito por ser uma comunidade que na verdade geograficamente é um complexo, pois, é formado por mais de três bairros, deve existir diversidades de histórias e as barreiras ainda maiores por ser um local carente”, destaca Yngrid.
A segunda parte do trabalho é a pesquisa de campo, dividida em outras duas etapas. Num primeiro momento um questionário será distribuído aos surdos moradores do bairro, que responderão trinta perguntas, relacionadas à: sua formação escolar, grupos que participam e se teve contato com a Língua de Sinais e como acontece a interação com os nãos surdos.
Já o segundo questionário é para atender o publico receptor, ou seja, os bares, comércios, academias, escolas, padarias, lanchonetes, gráficas e outros. Essa última avaliação é composta por um questionário com cinco perguntas, que visam identificar se estão aptos a atender esse público:
“Está sendo uma grande oportunidade tornar esse assunto uma discursão e assim um convite à sociedade a reflexão, pois, muitos sem falam dos grupos de minorias, mas quase não se promovem militância e ações em prol da comunidade dos surdos em Salvador, são pessoas que estão no nosso cotidiano e até na nossa família e não temos a devida informação e formação para promover o ensino das Libras, precisamos pensar na inserção da Língua Brasileira de Sinais na formação escolar das crianças, adolescentes e jovens, só assim acontece realmente uma inclusão.”, pontua Luis.
No Brasil o diagnostico de Surdes é tardio, as crianças somente são diagnosticadas com quatro anos de idade: “Isso é um problema grave, pois, priva a criança de aprender a língua ideal para promover sua interação social. Em alguns dos casos elas são obrigadas a estar em escola comum, onde não é oferecida a devida base para que elas possam se desenvolver. Os pais devem buscar fazer o exame da orelhinha.”, destaca Elisabete.
Saiba mais
Orienta-se realizar o teste da orelhinha, nos primeiros anos de vida do bebê (3 meses), detectando perdas precoces que possam influenciar no aprendizado da linguagem. Geralmente o exame é realizado no berçário em sono natural, de preferência no 2º ou 3º dia de vida. O tempo de duração varia entre 5 e 10 minutos, não tem qualquer contraindicação, não acorda nem incomoda o bebê. Não exige nenhum tipo de intervenção invasiva (uso de agulhas ou qualquer objeto perfurante) e é absolutamente inócuo. A triagem auditiva é feita inicialmente através do exame de Emissões acústicas evocadas (código 51.01.039-9 AMB).
Informação:
Caso deseje saber mais informações e contribuir com a pesquisa entre em contato através do número 9-8355-2662 (Whatsapp).