Angela Domingos de Oliveira, de apenas 36 anos, é portadora de paralisia cerebral, retardo mental e tetraplegia (perda dos movimentos dos braços, tronco e pernas). Além de ter que lidar com as limitações da irmã, Lídia e família, ainda precisam conviver com o descaso da saúde pública.
Desde 2022, a família vem tentando realizar a cirurgia bocal de Angela, que precisa extrair os dentes através de uma sedação, já que não consegue ser feito de forma convencional por conta de seu temperamento.
“A cirurgia já foi encaminhada pelo Centro de Especialidades Odontológicas (CEO), de Lauro de Freitas para o hospital Roberto Santos. O doutor Mizael Magalhães Cardoso marcou a cirurgia em 2022, e um dia antes cancelaram. Continuei ligando, mas não tive retorno. Passou-se um ano, marcaram novamente para 2023 e uma semana antes cancelaram”, explica.
Lídia explica que fez contato com a ouvidoria do hospital, mas não teve o retorno desejado porque as solicitações não foram passadas para a unidade.
“Eu fui três vezes na ouvidoria pra fazer reclamação e me mandaram aguardar. Voltei em maio e fiquei sabendo que eles não passaram as minhas solicitações para a diretoria do hospital. Depois, pediram pra falar com a assistente social, porém sem retorno. Eles ficam jogando a culpa de um para o outro”, finaliza.