Victor Marinho propõe estatização do transporte público de Salvador e tarifa zero para acesso aos ônibus

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Por G1 Bahia

O pré-candidato à prefeitura de Salvador pelo Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado (PSTU), Victor Marinho, foi entrevistado na manhã desta terça-feira (9) no programa Resenha das 7, da rádio Bahia FM. Ele propôs a estatização do sistema de transporte coletivo através da criação de uma empresa pública municipal e o acesso livre aos ônibus, sem pagamento de tarifa.

Na opinião de Victor, o transporte público precisa ser pensado como direito universalizado, não como negócio. Para tanto, é necessário que o serviço seja ofertado diretamente pela prefeitura, não por empresas privadas, segundo ele.

Victor aponta a necessidade de renovar a frota, reduzir a superlotação e reorganizar linhas, e diz ser possível avançar nesses pontos, se for retirado o rendimento obtido pelas prestadoras. Ele também criticou o valor pago pela gestão atual, que liberou, no fim do ano passado, subsídios orçamentários de até R$ 205 milhões para o setor.

“O próprio subsídio que a prefeitura paga não é para manter o serviço, é para manter taxa de lucro da empresas. Então, a população acaba pagando duplamente: paga na tarifa e paga indiretamente, através dos impostos que são destinados a essas empresas”, comentou.

O pré-candidato considera, ainda, que o acesso livre aos ônibus, sem cobrança de tarifa, vai proporcionar melhorias em outros aspectos para os soteropolitanos, como acesso à cultura e ao lazer, além de permitir que pessoas busquem colocações no mercado de trabalho e que a economia local seja movimentada, como um todo.

Representante do socialismo, Victor assegura que é possível governar sem alianças com grupos de poder e planeja governar a cidade a partir da criação de Conselhos Populares, para apontar prioridades da gestão, participar das decisões sobre aplicação de recursos e orientar políticas de governo, em geral.

“Somos socialistas e nos indignamos com o que as camadas mais pobres enfrentam. Se você pegar todos os dados de indicadores sociais, Salvador aparece como a capital do desemprego, da informalidade, da pobreza. É uma cidade muito segregada, muito dividida”, avalia.

No ponto de vista do pré-candidato, um dos maiores desafios da capital baiana atualmente é pouco falado pelos políticos locais: o desemprego. Para combatê-lo, ele sugere a criação de plano municipal de obras públicas, para dar às pessoas que estejam fora do mercado a oportunidade de atuar em construções feitas pela própria prefeitura, conciliando os dois aspectos.

Entre esses investimentos, que ele chama de “obras úteis”, foram relacionadas a construção de creches e unidades de saúde, revitalização de praças, asfaltamento e recuperação de vias e a construção de casas populares, para reduzir o défict habitacional e retirar moradores de áreas de risco.

Redação NES
Redação NES
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