Uma tarde com música percussiva, dança, poesia, capoeira e informação marcou o encerramento do Black In CSU Nordeste, atividade comemorativa ao Mês da Consciência Negra, do Centro Social Urbano do Nordeste de Amaralina. A abertura do evento contou com o recital de poesia, “Sou Negra”, organizado pelos alunos do Colégio Dionísio Cerqueira. Na sequência, os alunos de capoeira do projeto arte, esporte e lazer, sob o comando do mestre Pedra, apresentou uma série de golpes da capoeira regional, do Mestre Bimba.
Outro momento bastante esperado, e que emocionou o público, foi a apresentação das alunas do núcleo de dança da Fundação Cultural do Estado da Bahia (Funceb). As coreografias “Agô Omi”, que conta a diáspora africana para o Brasil, e Diferença e Semelhança, de Denise Torraca ,baseada no mito do deus das águas, mostraram beleza, ritmo e sintonia, resultado do trabalho desenvolvido pela professora Juliana Castro, que dá aulas de balé clássico, dança moderna e popular, no CSU Nordeste.
Para Andreia Macedo, além de comemorar o Novembro Negro, a agenda serviu também para mostrar a comunidade o resultado do trabalho desenvolvido por todos que estão à frente dos projetos sociais desenvolvidos no CSU Nordeste. “Essa é a nossa casa, um espaço onde reconhecemos a nossa ancestralidade, um espaço de luta e oportunidades para toda comunidade do Nordeste”.
Durante o evento, foi realizada também a certificação dos alunos do curso de informática, do Programa Qualifica Bahia, iniciativa que foi comemorada pelo jovem Denys Silva. Morador do Nordeste de Amaralina, o estudante garante que aprendeu muito durante as aulas, e se sente preparado para o mercado de trabalho. “Esse curso foi uma oportunidade de mostrar para a sociedade que o Nordeste de Amaralina, não tem apenas violência, por isso precisamos superar esse preconceito, com educação e qualificação profissional ”.
Anemia falciforme – A cada 600 crianças que nasce na Bahia, uma tem anemia falciforme, e, a cada 17, uma nasce com traço de anemia falciforme, que poderá passar para seus descendentes, mas não a doença manifesta. Os dados foram emitidos durante a palestra de Thacia Purificação, coordenadora da Associação Baiana de Doença Falciforme (Abadfal).
Durante o bate papo, os participantes tiraram dúvidas sobre sintomas, como diagnosticar, controle da doença,entre outras questões. A anemia falciforme é uma doença genética e hereditária, predominante em negros. Ela se caracteriza por uma alteração nos glóbulos vermelhos, que perdem a forma arredondada e elástica, adquirem o aspecto de uma foice (daí o nome falciforme) e endurecem, o que dificulta a passagem do sangue pelos vasos de pequeno calibre e a oxigenação dos tecidos




