Onda de calor reduz produção de ovos em até 15% nas granjas baianas

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As altas temperaturas que assolam a Bahia têm impactado não apenas os baianos, que têm sofrido cada vez mais com o calor, mas também os animais. As aves de corte, especificamente, têm sido afetadas a ponto de não conseguirem manter o nível de desempenho em chocagem de ovos. Com isso, os avicultores têm relatado perdas de até 15% na produção do alimento no estado.

Kesley Jordana, presidente da Associação Baiana de Avicultura (ABA), afirma que ainda não há registro do percentual geral de impacto na produção de ovos da Bahia, embora a entidade já saiba que, com as altas temperaturas, a produção está sofrendo uma redução.

Ela explica que isso acontece por uma mudança no comportamento dos animais. “O calor excessivo faz com que as galinhas consumam menos ração, automaticamente ocorre um déficit energético que é essencial para a produção de ovos, reduzindo assim a produção. Sendo assim, o calor intenso faz com que a produção diminua”, elucida.

Toda vez que há uma temporada muito quente, a mudança de comportamento das aves acontece em decorrência do estresse térmico. Essa condição faz com que os animais, em vez de direcionarem a energia para o ganho de peso e chocagem de ovos, usem essa energia para regular a temperatura.

air Francisco Naide, gerente da Granja Ovos Ipê, localizada no entroncamento de duas vias próximas a Cruz das Almas, relata que a produção de ovos até 15% abaixo do esperado. Para tentar diminuir o impacto do calor, ele adota estratégias de climatização no aviário.

“Temos um sistema de nebulização em que colocamos o dia todo uma bomba com spray jogando algo para tentar baixar a temperatura do aviário. Também colocamos ventiladores, mas ainda assim não tem sido suficiente”, diz.

Com o uso desses mecanismos para aplacar o calor, o impacto financeiro é maior, porque há aumento no consumo de energia e de água. Como se não bastasse, há prejuízo no que se refere à qualidade dos ovos. “A casca do ovo fica mais fina e temos perdas de ovos, que acabam quebrando durante o processo de coleta, classificação e embalagem até esse produto chegar ao consumidor final. Chegamos a perder, hoje, em torno de 5% da qualidade”, ressalta.

Na Granja Ave Natura, que fica situada em Irará, no Centro-Norte da Bahia, a produção de ovos está 10% menor do que o esperado para esse período do ano. Magno Silva, gerente da granja, conta que até o momento foram produzidos 4.500 ovos, quando o normal para o período seria 5 mil.

Redação NES
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