A partir de abril, o metrô de Salvador vai ter vagões exclusivos para mulheres nos horários de pico. A ideia, que virou lei sancionada pelo prefeito Bruno Reis, tem o objetivo de dar mais segurança para as passageiras e evitar casos de assédio, algo muito comum no transporte público.
A regra vale de segunda a sexta, das 6h às 9h e das 17h às 20h. Mas não é um espaço 100% proibido para homens: crianças de até 12 anos acompanhadas, homens acompanhando mulheres com deficiência e agentes de segurança podem entrar. Quem descumprir pode ser multado, e a concessionária que administra o metrô também pode ser penalizada se não garantir o cumprimento da lei.
A proposta veio da vereadora Marta Rodrigues (PT), que defende que esse é um passo importante para proteger as mulheres no transporte público. Outras cidades como Rio de Janeiro e São Paulo já adotam medidas parecidas. Mas nem todo mundo vê isso como uma solução definitiva.
Enquanto muitas passageiras comemoram a iniciativa, tem gente que questiona: separar mulheres e homens resolve o problema ou só mascara uma questão maior, que é a falta de segurança e fiscalização no transporte? Para algumas pessoas, o foco deveria ser em punições mais severas para assediadores e campanhas educativas.
Ainda não está claro como a CCR Metrô Bahia, que opera o sistema, vai organizar os vagões exclusivos e como será feita a fiscalização. Mas a expectativa é que a medida traga mais tranquilidade para quem usa o metrô diariamente.