Na semana do Dia das Mães, a equipe do NES percorreu as ruas do Complexo para ouvir as ‘’arquitetas do impossível’’: mulheres que fazem de um salário três, de um ônibus lotado, transporte escolar, do quintal um parque de diversões.
Para aquelas que movimentam a comunidade com coragem e amor: esta homenagem não é romantizada, é mão estendida em reverência pedindo a bênção.
As mães do Nordeste de Amaralina fazem parte dos 69% das mães brasileiras que criam seus filhos sozinhas, muitas vezes sem o apoio de políticas públicas. Mães periféricas que acordam antes do sol, enfrentam ônibus lotados, cuidam da casa, da família, dos boletos e precisam abrir mão dos seus sonhos pela emergência de criar seus filhos. São elas que garantem, com esforço e criatividade, o acesso à saúde, à educação e à segurança onde o Estado falha — e é aí que elas agem.
E mesmo com tão pouco, transformam tudo ao seu redor.
Essa maternidade, que não aparece nos comerciais, é real: dura, pesada, invisível para muitos. E ainda assim transborda amor o que se revela no gesto de preparar o uniforme escolar, de ir à reunião da escola mesmo cansada, de pôr comida na mesa mesmo no limite das forças, e da sensação de paz ao ver o filho negro, que saiu pra comprar pão, voltar pra casa.
Mamães, vocês são Yabás. Guerreiras. Inteiras.
Pelo que são. Pelo que fazem. Pela potência que carregam, merecem ser homenageadas não só hoje, mas todos os dias.
O NES sente, aprende e reconhece esse amor.
