Um órgão do Ministério da Saúde deu parecer favorável, na sexta-feira (3), à incorporação do medicamento com princípio ativo abemaciclibe ao Sistema Único de Saúde (SUS). O fármaco, produzido pela farmacêutica Lilly sob o nome comercial Verzenios, é indicado para o tratamento de câncer de mama em estágio inicial em pacientes com alto risco de metástase, condição que representa cerca de 30% dos casos da doença, e também para casos avançados, quando o câncer já se espalhou para outras partes do corpo.
A análise foi realizada pela Conitec (Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS), colegiado responsável por avaliar a segurança, eficácia, custo-benefício e impacto orçamentário de novos tratamentos no sistema público. O abemaciclibe foi o único medicamento com recomendação de incorporação na reunião. Após o parecer, o Ministério da Saúde tem até 15 dias para confirmar a decisão, prazo que raramente resulta em discordância.
Caso a incorporação seja oficializada, o medicamento deverá estar disponível na rede pública em até 180 dias. Entretanto, entidades que defendem os direitos de pacientes alertam que há casos de fármacos aprovados pela Conitec que ainda não estão acessíveis após o prazo legal. O abemaciclibe tem alto custo no Brasil, e o preço varia conforme a dosagem e a quantidade de comprimidos.
