“Ô moço, fatia 20 reais de queijo e 20 de presunto pra mim, por favor?”. Sentiu o peso dessa frase? Talvez ela não faça sentido agora, mas basta olhar pra dentro do nosso país e ver que o extermínio está a lâmpadas acesas e, ACREDITE, tem gente achando normal.
Parafraseando esse contexto, o mesmo acontece no Rio de Janeiro. “Fatias” de mais de 120 corpos estão espalhados pelo chão como se fosse uma pizza família, com direito a molho de sangue e um tempero especial que advêm da felicidade do sistema em ver famílias sofrendo.
O Rio de Janeiro sofre nessa semana com perdas irreparáveis: pessoas inocentes! Sim, inocentes, inclusive dos próprios policiais que acham que usar a força vai mudar a realidade atual. O INIMIGO AGORA É OUTRO E USA TERNO E GRAVATA! Todos estão no meio do fogo cruzado e não tem pra onde correr, afinal, se correr é ladrão e se ficar parado é suspeito. Isso ninguém me disse, eu vivo diariamente. Não só eu, mas meu pai, meu irmão, primos…todo preto favelado – NA CABEÇA DO SOCIEDADE TRADICIONAL BRANCA – não presta.
Lembram da pizza família? Quem se lambuza com a desgraça alheia continua sendo o Estado e os adeptos da extrema direita, fator disso, é o governador irresponsável Cláudio Castro que ordenou toda essa matança desenfreada.
Acompanhar o extermínio das favelas do Rio de Janeiro causa angústia, medo, ansiedade e uma esperança que talvez a gente nunca alcance, mas tem que pensar positivo, né?
Mas, pare pra pensar: a positividade vai vir de onde se estamos com um canhão apontado pra nossas cabeças? O fuzil já virou um artefato normal no meio da sociedade, tanto do lado A quanto do lado B, e a única esperança que a gente tem é de que amanhã acordemos com nossa rotina normal, sem que pareça a Faixa de Gaza!
A FAVELA QUER VIVER!




