O diretor-geral da PF, Rogério Galloro, revelou detalhes das negociações para que Lula se entregasse no dia 7 de abril deste ano. Ele confidenciou que as negociações não foram amistosas e tiveram momentos de tensão entre a Polícia Federal e os petistas.
“Foi um dos piores dias da minha vida. Quando eles (interlocutores de Lula) pediram detalhes da logística da prisão, nos convenceram de que havia interesse do ex-presidente de se entregar ainda na sexta (6 de abril, prazo dado pelo juiz Sérgio Moro). Acabou o dia e ele não se apresentou (…) Chegou o sábado, Moro exigiu que a gente cumprisse logo o mandado”, contou Rogério em entrevista ao Estadão.
O diretor contou que 30 policiais estavam prontos para invadir o prédio do sindicato dos metalúrgicos e concedeu um prazo de meia hora para o ex-presidente deixar o prédio ou entraria com as forças policiais. Rogério Galloro explicou que no fato de Lula está preso na Superintendência da Polícia Federal não o agrada e é um fato excepcional, a pedido do juiz Sérgio Moro.