Manifestantes favoráveis ao candidato do PSL à Presidência, Jair Bolsonaro, realizaram na tarde de domingo (30) um ato na Avenida Paulista, em São Paulo, a favor da candidatura dele. Um dia após às manifestações que tiveram o mote “EleNão”, contra o presidenciável, milhares de pessoas se reuniram na avenida vestindo camisetas da CBF ou usando roupas pretas.
Um dos filhos de Bolsonaro, Eduardo, participou do ato. Em discurso, ele fez críticas ao PT e disse que, se o pai for eleito, uma das medidas será acabar com a Lei Rouanet, de incentivo à cultura.
Sobre o protesto de mulheres contra Bolsonaro, ele disse:
Desde 2015, a avenida fica aberta à população em geral durante os domingos. No início da manifestação, outros grupos ainda estavam no local, como ensaios de baterias, cantores de rua e grupos de umbanda. As primeiras lideranças a discursar foram mulheres representantes de coletivos de direita.
De cima do caminhão, organizadores pediram que eleitores de Geraldo Alckmin (PSDB) e Henrique Meirelles (MDB) “deixem o idealismo de lado” e façam voto útil em Bolsonaro contra o candidato do PT, Fernando Haddad. Nas últimas semanas, o tucano vem adotando tal estratégia como tentativa de chegar ao segundo turno contra o PT.
– O Bolsonaro é uma pessoa educada, é uma pessoa de Deus – disse uma das organizadoras.
– Eu achei errado, são jovens que estão sendo manipulados.
Marisa Molinari, empresária, 50 anos, disse que pretendia votar em João Amoedo, do Novo. Mas vai optar pelo voto útil numa estratégia contra o PT
– Eu acho que as pessoas, na ânsia de querer uma mudança, ficam cegas e misturam as coisas – disse ela, que vai votar em deputados do Novo mas decidiu apoiar Bolsonaro no primeiro turno.