Educadora social resgata antigo projeto de capoeira, no bairro de Cosme de Farias

Projeto “Capoeira além das pernas” é atrativo na Baixa do Tubo

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Daiane Sodré é uma educadora social que resgatou um antigo projeto de capoeira, que estava inativo há mais de 10 anos, no bairro de Cosme de Farias. “MulherHome”, como é carinhosamente chamada pelos seus alunos, começou seu projeto através de aulas de treinamento funcional para mulheres e pessoas da terceira idade, no Espaço Comunidade, na Baixa do Silva.

“No ano de 2019 resolvi retornar de forma ainda mais inovadora. Resolvi então iniciar os treinos funcionais para mulheres e pessoas da terceira idade. Ainda no ápice da pandemia, em abril de 2021, retornei com as aulas de capoeira no Centro Social Urbano do bairro”, conta.

Na atual proposta, “Mulhehome” diz que “a capoeira é utilizada como ferramenta pedagógica e atrativa para o desenvolvimento de diversas estratégias de arte-educação”. Logo, os convites para parcerias não demoraram a aparecer.

“Em setembro de 2022 fui procurada por um coordenador de atividades esportivas da SUDESB, que se propôs a ofertar apoio através de recursos do Projeto Esporte por Toda Parte. A ideia é expandir a proposta por outras áreas do bairro, como na comunidade do Baixão e na Associação de Moradores do Luiz Anselmo”, explica a educadora.

Questionada sobre o apelido “Mulhehome”, inicialmente, dado de maneira hostil pelos seus colegas, Daiane diz que conseguiu se impor e dar um outro significado”.

“Após muito sofrimento e tentativas frustradas de me livrar dele (porque foi sofrido mesmo), passei a estudar mais sobre a Capoeira e logo identifiquei que o surgimento desse apelido se deve a masculinização da valentia feminina. Até tentei mudá-lo, mas sem sucesso! Até que um dia um dos meus mestres (Chico) me falou que aí invés de tentar mudar, já que esse apelido carrega toda uma história, que eu pudesse utilizá-lo de forma pedagógica”, finaliza.