Elias Miguel Moreira Borges, de apenas 7 anos, é uma criança portadora de autismo (transtorno do Espectro Autismo – TEA), e precisa estudar em uma instituição que atenda suas necessidades. Porém, a mãe de Elias, Leticia de Jesus Moreira, vem enfrentando dificuldades para um completo atendimento da criança.
“A escola me encaminhou para uma instituição parceira já tem mais de 1 ano, mas eu não consigo consulta com psicólogo e nem neuro. Até no conselho tutelar eu já fui, mas não tive tive sucesso”, enfatiza Letícia.
Elias nasceu prematuro e, ao longo do tempo, seus familiares já haviam percebido suas necessidades especiais, pois já era possível notar sua falta de interação social e comportamento agressivo.
“Ao longo do tempo ele veio mostrando desinteresse pelas coisas. Quando está no meio das crianças, ele até brinca, mas ao mesmo tempo não interage. Fica sentado sozinho e quando uma coisa prende sua atenção, como televisão ou até um brinquedo, chamamos ele várias vezes, mas não responde”, comenta.
Além disso, a mãe ainda enfatiza a “falta de compromisso” do Colégio Luis Anselmo, onde Elias estuda atualmente, que segundo ela, “não entende a real situação da família, que tem mais três irmãos além dele”.
“Eles determinaram que todos os dias eu pegue Elias antes do horário final das aulas, pois quando chega um certo horário já não suportam mais meu filho. Ele já escalou o muro duas vezes, saiu da escola e ninguém viu, ia ser atropelado. Todas as vezes que chego na escola, ele não está na sala de aula, está sempre com algum funcionário brincando de quebra cabeça sozinho”.
“Já era pra ele estar lendo, escrevendo, mas não faz nada disso. Independente de qualquer coisa, é uma escola e eles estão privando o meu filho de brincar com outras crianças, pois ele fica sozinho numa sala brincando de quebra cabeça”, completa.
A mãe já tentou diversas vezes resolver a situação chegando a ter encaminhamento do conselho tutelar para a “Associação Bahiana de Reabilitação e Educação – ABRE”, localizada na Vila Laura, que desenvolve trabalhos com crianças e adolescentes portadores de Deficiência Intelectual. Neste documento, era reafirmado o direito da criança de ter uma educação adequada, de qualidade e que atenda suas necessidades, mas, foi invalidada pela instituição.
“O conselho tutelar me deu um papel dizendo que meu filho tem todo o direito de ser atendido nessa instituição, mas quando cheguei lá o porteiro não deixou nem eu entrar, e disse que várias pessoas chegam com esse papel, mas não está tendo êxito, que tem que esperar a vez”, finaliza Letícia.