Talentos LAES – Ex morador do Luís Anselmo é referência no pagode baiano

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Marcos Paulo, popularmente conhecido como Godô, virou referência no bairro de Luis Anselmo, onde nasceu e cresceu. O artista começou no mundo da música ainda cedo, aos 13 anos, após ver uma apresentação do “Barro Vermelho”, antigo grupo percussivo de samba duro da comunidade.

“Minha primeira banda de pagode foi no Luís Anselmo. As bandas que faziam sucesso naquela época era Nossa juventude, Companhia do Pagode, Gera Samba e por ai vai. Me interessei pela música quando vi o Barro Vermelho pela primeira vez. Me encantei. Comecei tocando na “Cruz Vermelha”, na “Codeba”, e em outras casas de shows em Salvador. Fui me aperfeiçoando como percussionista e ao mesmo tempo fazia back-vocal”.

Foto: Redes Sociais

Passado um tempo, Godô precisou dar uma pausa no seu sonho para dar continuidade aos seus estudos:
“Precisei parar para estudar e trabalhar, mas foi pouco tempo, mais ou menos dois anos. Comecei a fazer freelancer em bandas de bairro que estavam começando a criar o samba e pagode, que era uma mistura do samba do Rio com o pagode da Bahia. Depois de dois anos, voltei pra música e comecei a tocar no “Samba Opção””, comenta.

Mas, a virada de chave do músico foi quando ele conheceu seus atuais parceiros, Luis e Guilherme, em uma festa de bairro. O trio se juntou e formou a banda “Katulê”, que tem o nome com referências ao povo Iorubá.

“Conheci Luis e Guilherme em uma roda de samba que acontecia nas Pedrinhas, no Luís Anselmo. Éramos muito novinhos. Gostamos um do trabalho do outro, mas a banda não era nesse formato e nem tinha esse nome. Quando me chamaram pra fazer parte, decidimos procurar um nome diferente, e achamos o Katulê, que significa celebrar em iorubá”, enfatiza.

Foto: Redes Sociais

Passado alguns anos, o trio começa a ganhar visibilidade em Salvador sendo eleito por três anos consecutivos como melhor banda pela revista “Isto É”. “Engrenamos em 2008, quando começamos a tocar no Botequim São Jorge, que foi onde tivemos uma visibilidade. Saímos três anos consecutivos na revista Isto É como melhor banda e melhor lugar noturno da Bahia”.


“Meu primeiro carnaval foi no clube do samba. O diretor desse espaço lançou um bloco, e a primeira banda a tocar fomos nós. Lembro que ficamos quase 10 horas tocando, pois tinha trio parando durante o percurso. Foi daí que comecei experiência em trio elétrico. Meu segundo bloco, foi o “Proibido proibir”, onde puxamos por dois anos. Após isso, nós fomos para o “Alerta geral”. Conheci Arlindo Cruz, Fundo de Quintal, Xande de Pilares e tudo aconteceu naturalmente. Então, posso dizer que o Katulê construiu uma marca muito boa”, finaliza.

Oliver Almeida
Oliver Almeidahttp://nordesteusou.com.br
Formado em rádio/tv. Produtor por amor, jornalismo com vigor. Artista da dança, pois é o que me mantém vivo. Colaborador do Nordesteeusou e coordenador do Luisanselmoeusou.

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