Roque Peixoto, assessor do deputado estadual Jacó (PT), foi espancado e vítima de racismo, na noite de terça-feira (12/11), em um bar, no bairro do Rio Vermelho, em Salvador. Nas redes sociais, ele descreveu como aconteceu o crime.
De acordo com o relato, ela estava com a esposa e ao chegar no Largo da Mariquita, por volta das 23h, ela pediu para usar o banheiro de um bar. Roque aguardava a mulher quando, de forma descabida e criminosa, começou a “ouvir piadas das mais escrotas e olhares daqueles que qualquer preta ou preto sabe”.
Ao questionar, foi “agredido pelas costas de forma covarde”. A boca do trabalhador foi quebrada em três lugares. Ele ainda sofreu escoriações na mão direita e teve o joelho deslocado.
“Quando Belle saiu do banheiro, os garçons a agarraram para que ela não pudesse separar tamanha violência que sofri. Como muitos sabem, o bar “O Mais Amado” acumula uma série de queixas de todos os sentidos. Já estou tomando as medidas cabíveis para não me rebaixar ao nível de violência a qual fui submetido”, denunciou. Veja abaixo o relato na integra.
“Ontem a noite, por volta das 23 horas, saí do Boteco do França e fui com Isabelle Lamenha rumo ao ponto de ônibus no Largo da Mariquita. Ao chegar no largo, Belle pediu para usar o banheiro do bar “O Mais Amado” e eu fiquei esperando. Ao ouvir piadas das mais escrotas e olhares daqueles que qualquer preta ou preto sabe do que se trata, questionei. Resultado: fui agredido pelas costas de forma covarde, boca quebrada em três lugares, mão esquerda com escoriações mão direita com dores, joelho deslocado e muita violência ao ponto de quando Belle saiu do banheiro, os garçons a agarraram para que ela não pudesse separar tamanha violência que sofri. Como muitos sabem, o bar “O Mais Amado” acumula uma série de queixas de todos os sentidos. Já estou tomando as medidas cabíveis para não me rebaixar ao nível de violência a qual fui submetido. Estou com dores. Não consigo andar. E ainda estou aqui me questionando se o culpado foi eu. O racismo e os racistas usam dos mais diversos expedientes contra nós. Além da violência física, a violência psicológica a qual passei marca ainda mais. Tive que sair correndo e entrar no primeiro ônibus que passou. Ao chegar na Lapa primeiro olharam pra mim como se eu fosse bandido porquê Belle pediu para que eu usasse o banheiro pra limpar o sangue que havia em meu rosto. Depois que vieram explicar que os banheiros estavam fechados. Ser preto nessa cidade preta, sendo espancado por seguranças pretos. Sendo assassinados por policiais pretos. Tudo a serviço dos racistas donos desses empreemdimentos. Eu estou abalado e bastante machucado. Minha companheira está abalada. E sabemos que o circuito de filmagem do bar, “essas horas” nunca irá aparecer. Mas seguirei o caminho da justiça, ainda assim”.
as informações são do site Informe Baiano