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Audiência pública debate realização de Carnaval em 2022 e cobra decisão imediata de Governo e Prefeitura

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Afinal, Salvador terá ou não terá Carnaval em 2022? A realização da folia na capital baiana foi tema de discussão de uma audiência pública realizada nesta terça-feira (19) no Centro de Cultura da Câmara Municipal de Salvador. Se depender dos presentes no evento, sim, a festa ocorrerá. Representantes da Prefeitura de Salvador e da Polícia Militar da Bahia garantiram que o planejamento está pronto, mas pediram que o martelo seja batido logo para que os detalhes finais sejam fechados.

Participaram do debate Coronel Xavier, Comandante de Operações da Polícia Militar da Bahia, representando o Comandante Geral da PM-BA; Márcio Sampaio, diretor de festas populares da Empresa Salvador Turismo, representando o presidente Isaac Edington; Guiga Sampaio, diretor da Associação Baiana dos Camarotes; Flávio Souza, presidente do Conselho Municipal do Carnaval (Comcar); Washington Paganelli, presidente da Associação de Blocos de Trio e Péricles Sant’Anna, ouvidor setorial da Secretaria de Cultura e Turismo, representando o secretário Fábio Mota.

O consenso entre os presentes é de que, independente de qual decisão for tomada, ela deve ser anunciada em breve Governo do Estado pela Prefeitura de Salvador. O ideal, conforme os representantes do setor privado, é que a decisão seja anunciada ainda neste mês, no mais tardar na primeira quinzena de novembro. “Dezembro não podemos esperar”, disseram. Isso porque a comercialização do Carnaval de outras praças, como Rio de Janeiro, São Paulo e Recife já estão em andamento, e Salvador já sairia atrás nessa disputa.

Como encaminhamentos, o Comcar abrirá chamamento para cadastramento das entidades carnavalescas que desejam participar do Carnaval, mesmo sem divulgação da decisão final. A Comissão Especial de Acompanhamento da Retomada de Eventos se reunirá para apresentar o relatório, que será enviado ao prefeito Bruno Reis e ao governador Rui Costa e deliberar os próximos passos.

Participaram da audiência pública os vereadores Anderson Ninho (vice-presidente), Marta Rodrigues, Leandro Guerrilha, Augusto Vasconcelos, Gordinho da Favela, Daniel Alves, Sandro Bahiense e Silvio Humberto. O evento contou com grande adesão popular, recebendo representantes de bairros, do Turismo, ambulantes, carnavalescos, artistas, cordeiros, dentre outros. O evento ocorreu de forma semipresencial no Centro de Cultura da Câmara e através da plataforma Zoom e transmitido ao vivo pela TV Cam.

O Comandante de Operações da Polícia Militar da Bahia, Coronel Xavier, afirmou que o planejamento da Polícia está sendo preparado há seis meses e está pronto. “O planejamento está pronto para ser executado nos padrões originais, mas trabalhamos também com a possibilidade de adaptação para os novos protocolos em decorrência da pandemia. Nós só precisamos pensar na logística, em qual modelo será realizado. O grande inimigo do Carnaval, tanto para a PM como para todos os envolvidos, é o tempo”, disse o Coronel, que destacou achar pessoalmente que “não tem dúvidas de que o Carnaval será realizado”.

“Vai ter, sim, Carnaval, só precisa se pensar na logística, em qual modelo será realizado. Já existe um planejamento pronto para executar nos padrões originais, com possibilidade de adaptação”, disse Xavier.

O diretor de festas populares da Empresa Salvador Turismo (Saltur), Márcio Sampaio, afirmou que a Prefeitura de Salvador está “pronta para sediar o Carnaval”. “Estamos prontos sob a liderança do prefeito Bruno Reis, para que quando essa decisão estiver tomada, com certeza, colocarmos nas ruas o maior Carnaval de todos os tempos que Salvador já viu”, disse Márcio.

Diretor da Associação Baiana dos Camarotes, Guiga Sampaio, cobrou resposta imediata da Prefeitura de Salvador e do Governo do Estado sobre a realização do evento no ano que vem. “A mobilização deve ser feita quanto antes. A decisão deve ser tomada logo, pois o setor privado precisa de mais tempo para se mobilizar do que o público. Decidir a realização do Carnaval em dezembro é inexequível, não conseguimos mobilizar a oferta do Carnaval em 45 dias”, afirmou Guiga.

“A cidade está perdendo espaço, Salvador não está sendo incluída em rotas de voos, não está sendo procurada para o Carnaval, enquanto outras cidades que também têm protagonismo na festa já estão. Até mesmo os soteropolitanos, por exemplo, têm comprado outros destinos de Carnaval pela falta da oferta aqui. É uma grande perda para a cidade”, disse Guiga durante a audiência pública.

Washington Paganelli, presidente da Associação de Blocos de Trio, afirmou que existem todas as condições para a realização do Carnaval e que a festa “precisa ser realizada”. “Nenhuma empresa tem condições de ficar dois anos parada. É preciso que essa decisão seja tomada quanto antes, pelo tempo necessário para a mobilização e planejamento de toda a festa. Não se pode perder as atrações e o patrocínio da festa. Precisamos de certeza, de decisão”, protestou.

Redação NES
Redação NES
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