A Secretaria da Saúde da Bahia (Sesab) informou nesta quinta-feira (2) que, até o momento, não há registros de casos de intoxicação por metanol no estado.
Como medida preventiva, a Sesab orientou todas as unidades de saúde da rede privada e os serviços de urgência e emergência da rede pública a ficarem atentos a possíveis casos de intoxicação. Qualquer suspeita deve ser imediatamente comunicada à secretaria, garantindo rápida análise e adoção de medidas necessárias.
A secretaria também reforçou que mantém diálogo constante com o Ministério da Saúde e com autoridades sanitárias nacionais para monitorar a situação em outros estados, onde casos suspeitos e confirmados foram notificados.
No Brasil, até quarta-feira (1º), foram registradas 43 notificações de intoxicação por metanol, segundo o Centro Nacional de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (CIEVS Nacional). Destas, 39 ocorreram em São Paulo — sendo 10 casos confirmados em bebidas alcoólicas e 29 ainda em investigação — e quatro em Pernambuco, todos em apuração. Até o momento, uma morte foi confirmada em São Paulo, e outras sete seguem em investigação (cinco em São Paulo e duas em Pernambuco).
A intoxicação por metanol tem sido associada ao consumo de bebidas alcoólicas adulteradas, como gin, vodca e whisky, e pode causar complicações graves, incluindo internação, perda de visão e morte.
O metanol é um álcool utilizado industrialmente em solventes e produtos químicos e é extremamente perigoso quando ingerido. Ele é metabolizado pelo fígado em substâncias tóxicas que afetam a medula, o cérebro e o nervo óptico, podendo causar cegueira, coma e morte. A intoxicação também pode levar à insuficiência pulmonar e renal.
Em São Paulo, seis mortes estão relacionadas à intoxicação por metanol, sendo que uma já foi confirmada como decorrente do consumo de bebida adulterada. As demais cinco ainda estão em investigação.




