Em coletiva de imprensa convocada para a tarde desta terça-feira, 01, após 42 horas do resultado eleitoral que deu vitória ao presidente eleito, Luís Inácio Lula da Silva, o presidente Jair Bolsonaro se manifestou no Palácio da Alvorada ao lado de Ciro Nogueira e do deputado federal Eduardo Bolsonaro.
Em seu discurso, Bolsonaro agradeceu os votos recebidos nas urnas e acenou para os atos antidemocráticos que bloqueiam as rodovias federais em protesto contra a eleição de Lula.
Em seu pronunciamento, Bolsonaro chama de “manifestação pacífica” os atentados contra o estado democrático que bloqueiam as rodovias e vias em diversos estados brasileiros. O Tribunal Superior Eleitoral e o Supremo Tribunal Federal (STF) determinaram que as forças de segurança pública liberassem as rodovias federais. Diversos órgãos e entidades de classes refutam os atos dos bolsonaristas insatisfeitos com a derrota de Bolsonaro nas urnas.
“Quero começar agradecendo os 58 milhões de brasileiros que votaram em mim no último dia 30 de outubro. Os atuais movimentos populares são frutos de indignação e sentimentos de injustiça de como se deu o processo eleitoral. As manifestações pacíficas sempre serão bem-vindas mas os nossos métodos não podem ser os da esquerda que sempre prejudicaram a população como invasão de propriedade destruição de patrimônio e cerceamento do direito de ir e vir”.
Bolsonaro é o primeiro presidente que não consegue uma reeleição desde 1998, primeira eleição após o Congresso aprovar a recondução a um novo mandato.
O presidente disse que sua atuação foi “dentro das quatro linhas da Constituição” e citou que “enfrentou todos os sistemas” sem acusar nenhum órgão diretamente.
“Nossa robusta representação no Congresso mostra a força dos nossos valores Deus Pátria família e liberdade. Formamos diversas alianças pelo Brasil. Nossos sonhos segue mais vivos do que nunca. Somos pela Ordem e pelo Progresso mesmo enfrentando todos os sistemas, superamos uma pandemia e as consequências de uma guerra. Sempre fui o outro lado como antidemocrático e ao contrário dos meus acusadores sempre joguei dentro das quatro linhas da Constituição”.
