Cadê as baianas do Largo de Amaralina?

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Quem nunca passou um final de tarde no largo das Baianas de Amaralina, durante muitos anos o local foi um dos grandes cartões postais de nossa cidade, mas a realidade hoje e completamente diferente, esse espaço simplesmente desapareceu, refiro-me às baianas do Largo de Amaralina. A reforma feita no local infelizmente não conseguiu trazer de volta as bonitas baianas com os seus tabuleiros repletos de quitutes coloridos e deliciosos.

Não faz muito tempo e a visita ao largo das baianas para degustar acarajé e tomar água de coco era roteiro obrigatório dos turistas e também dos baianos, que faziam questão de tirar fotografias no local. Atualmente o que se vê é uma ou outra baiana, e durante a semana muitas vezes nenhuma aparece, quem quiser saber como era o Largo das Baianas vai ter que garimpar um postal nas livrarias se é que ainda existem. Hoje à tarde excepcionalmente tinha uma trabalhando, mas sem movimento, preferiu deixar o tabuleiro de lado e se distrair jogando dominó em uma mesa improvisada sobre o isopor.

O ponto de venda das baianas de Amaralina é um dos mais antigos da cidade. Marcou época entre os anos 1970/80 quando o Bar e Restaurante Gereré, ponto de boemia, ainda funcionava no Largo e alguns restaurantes de melhor nível se instalaram no local. Várias baianas fizeram história naquele local – Chica, Zezé, Andrelina – entre outras. Tinha gente que saia da Barra, Nazaré, Brotas, Bonfim, Ribeira, os bairros classe média da cidade para ir ao Largo de Amaralina comprar abará, acarajé, bolinhos de estudantes, cocada puxa, entre outros. Era um programa familiar. Os carros paravam em frente ao quiosque que abrigava as baianas e as famílias desciam para se deliciarem com a mais conhecida iguaria baiana: o acarajé.

Jefferson Borges
Jefferson Borges
Publicitário, Ativista Social e Fundador do Portal NORDESTeuSOU.

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