A presidente da Rede Nacional de Grupos Católicos LGBT, Cristiana Serra, escreveu um manifesto em encontro do coletivo para difundir a proposta “com todas as pessoas que são excluídas da Igreja e/ou da sociedade em virtude de sua identidade de gênero e/ou orientação sexual”.
O grupo, segundo a Folha, comemora pequenos avanços, como um texto do mês passado em que o Vaticano, pela primeira vez, usa a sigla LGBT (de lésbicas, gays, bissexuais e transgêneros). Trata-se de documento preparatório para um encontro de bispos que discutirá, em outubro, “os jovens, a fé e o discernimento vocacional”.
Para Cristiana, a “imagem progressista” do papa não é precisa. “Questionamos muito a atitude de esperar que o papa mude alguma coisa, como se tivéssemos de aguardar algum tipo de autorização vinda do alto da hierarquia para podermos ser Igreja. Isso nós já somos.”
De acordo com a ativista, “não faz sentido” a Igreja excluir e ferir. “Cristo andava com os piores pecadores, os maiores párias da sociedade. Em uma sociedade que acreditava que quem andasse com pessoas ‘impuras’ tornava-se ‘impuro’ também… Era com esses que Ele andava. Como será a Igreja desse Cristo? Uma que condena ou que acolhe e ama incondicionalmente?”, escreveu.