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Coronavírus: ex-morador da Santa Cruz fala sobre sua experiência na Espanha

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Há 13 anos na Espanha, Cleber Cerqueira dos Santos, 39 anos, ex-morador do bairro da Santa Cruz, mais precisamente na Sucupira, saiu do Brasil onde trabalhava como vendedor em uma empresa de telefonia, para se aventurar no “Velho Continente”. A equipe do Nordesteusou entrou em contato com Cleber para ouvir dele sobre a os efeitos da pandemia do Coronavírus na Europa e através dessa experiência analisar os possíveis impactos do vírus no Complexo Nordeste de Amaralina.

Atualmente moro em Palma de Mallorca, na Espanha. Antes resolver sair do Brasil eu trabalhava como vendedor de uma empresa de telefonia. Hoje trabalho em uma multinacional espanhola e atuo na área de marketing digital. Em dias de crise mundial estamos passando uma situação de extrema preocupação referente ao CODIV-19. Faz 1 semana que estamos em confinamento total no país pela expansão do vírus, que já afetou quase 20 mil pessoas. O país está fechado. Estamos proibidos de sair de casa. Somente podemos sair para ir ao mercado, farmácia ou hospital. Tudo está fechado até segunda ordem.

 Atualmente somos o segundo país da Europa mais afetado por esse vírus. As polícias passam na rua vigiando e quem descumprir a ordem de ficar em casa pode receber uma multa que vai 100 a 600 euros e dependendo da gravidade pode chegar a ser preso. No começo houve pânico em mercados onde não se encontrava nada. As pessoas iam ao mercado comprar para estocar, mas o governo anunciou que existe abastecimento e que não precisa pânico. Hoje a situação está melhor nesse sentido. Com tudo isso infelizmente os afetados são as pessoas de idade por ter alguma doença de patologia que se agrava ao adquirir a gripe. Por isso é importante seguir as recomendações dada pelo governo e evitar contato diretos porque o problema maior é a transmissão comunitária que é impossível controlar. Com tudo isso queria pedir consciência e pensar em não se contagiar para não contagiar as pessoas do grupo de risco.

O ideal é para que o vírus não se propague é seguir as indicações dadas pelos profissionais da saúde já que o caso é sério. Evitar reuniões com muitas pessoas, obedecer a distância entre pessoas e o essencial que é lavar sempre as mãos. Qualquer contato em qualquer superfície onde há indícios do vírus pode causar uma contaminação. Uma pessoa contaminada pode não saber que tem o vírus e ao ir ao mercado por exemplo e toca em vários produtos onde outras pessoas podem tocar depois e ao tocar pode se infectar. Por descuido sempre levamos a na boca, nariz e olhos sem nos dar conta e se foi tocado em alguma superfície contaminada já adquire o vírus. Outra coisa importante é saber que uma pessoa pode estar contaminada sem saber pois o vírus pode ñ manifestar sintomas de imediato podendo demorar alguns dias em se manifestar. Estamos em uma fase de contágio comunitário onde é difícil controlar e existe uma expansão maior do vírus.

Acho que isso pode impactar na nossa comunidade, sobretudo pela falta de estrutura. O recado que deixo é que precisamos priorizar aos que mais necessitam sem criar pânico. Olhar e priorizar aos idosos que são do grupo de risco. Uma coisa importante é saber como um idoso por exemplo irá entrar em quarentena com uma casa com bastantes pessoas e poucos cômodos. Infelizmente corremos risco de ter várias perdas na nossa comunidade.

Tiago Queiroz
Tiago Queiroz
Graduado em Comunicação/Jornalismo, e exerce as funções de Editor e Coordenador de Jornalismo do Portal NORDESTeuSOU

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