“Pense num absurdo, na Bahia tem precedente”, dizia o ex-governador da Bahia Otávio Mangabeira. Mal sabia o político baiano que mesmo após sessenta anos de sua morte situações inacreditavelmente absurdas continuariam acontecendo corriqueiramente na Bahia, em Salvador e mais precisamente no Nordeste de Amaralina.
Pois bem, apesar dos exorbitantes valores cobrados no Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU), na qual está inclusa a “taxa do lixo”, a Prefeitura de Salvador vem deixando ao “deus dará” os moradores da 3ª Travessa Ademário Pinheiro. O serviço de coleta, de responsabilidade da Empresa de Limpeza Urbana do Salvador (Limpurb), atualmente dirigida pelo senhor Alex Futuca, inexiste na referida localidade, uma vez que os prepostos da Limpurb, não entram na localidade.
Em conversa com o NES uma moradora do referido logradouro contou a real situação. Segundo ela, antigamente existia um container na esquina da Rua Irmã Dulce, que era onde todos os moradores faziam o descarte. Sem opção, eles mesmos (os moradores) tiveram que tirar do próprio bolso a solução que caberia à Prefeitura de Salvador.
“O pessoal subia a escada da travessa Cristovão Ferreira e botava o lixo ali no container da Irmã Dulce. Depois que tiraram o container não temos mais onde colocar o lixo. Tivemos então que pagar dois rapazes para recolherem para o lixo. A gente queria que essa questão fosse resolvida o quanto antes… Que a Limpurb desse um jeito de entrar lá, nem que fosse com esse coletores moveis. A sugestão é essa: que eles entrem, recolham o lixo e nos digam os dias que eles vão passar lá”, disse a testemunha que preferiu não se identificar.
“Aqui temos idosos e que não tem como se locomover para deixar o lixo lá no final de linha. É um direito nosso, a gente pagar imposto e a rua está nessa situação”, completou.
