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Samba do Machucador de Cruz das Almas e Tonho Matéria são homenageados na série Afrobaianos

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O projeto é desenvolvido por “Do Nada, um Podcast” sobre a história da música preta baiana

Como já cantava nosso saudoso Dorival Caymmi: “quem não gosta de samba, bom sujeito não é”. O “Do Nada, um podcast” não só adora o gênero musical, como também reconhece sua importância para o Brasil e o mundo. Por isso, na próxima quinta-feira (01), a série Afrobaianos explora a história dessa importante manifestação cultural brasileira, juntamente com o cantor Tonho Matéria e a pedagoga Telma Carvalho, do grupo Samba do Machucador de Cruz das Almas. A série é disponibilizada gratuitamente nos principais tocadores de podcast.   

Nosso trio de apresentadores, Mariana de Paula, Milena Anjos e Leandro Souza contam como se desenvolveu e se popularizou o samba em terras baianas. Com o título “Porque o samba nasceu lá na Bahia: a tradição do Recôncavo se encontra com o Samba Junino da capital”, o episódio ressalta suas raízes africanas e explora suas riquezas que se manifestam em músicas, poesias e danças.

Em uma parada obrigatória em Cruz das Almas, conhecemos a história do grupo Samba do Machucador, através de sua coordenadora, Telma Carvalho. Desde 2002, suas integrantes produzem música por meio do utensílio doméstico, como forma de resistência e preservação do samba de roda na região. Essas mulheres pretas cantam histórias de lutas enfrentadas por suas ancestrais nos armazéns de fumo e nas casas grandes das fazendas.

De volta à Salvador, o cantor Tonho Matéria nos convida a conhecer o Samba Junino. O artista conta sua experiência em grupos que se reúnem anualmente para manter essa rica tradição acesa. Com início nas queimas de Judas até o dia dois de julho, é comum ouvir nas ruas da cidade as músicas vindas do timbal, do tamborim e do surdo. De casa em casa, as apresentações são recebidas com comida, bebida e muita diversão.

Para a apresentadora Milena Anjos, o samba de roda e o samba junino são manifestações culturais importantes para compreendermos a história da música preta na Bahia. “Ambos são patrimônios imateriais, cujas histórias se relacionam com as tradições, as festividades e com os movimentos de resistência dos povos pretos”, conta.

Todas as quintas-feiras, a série Afrobaianos recebe intérpretes, compositores e produtores musicais para conversar sobre um tema ou gênero musical específico, como o samba, reggae, pagode, afropop, hip hop e novos sons. Seu objetivo é contar outra versão da história da música na Bahia, com o devido reconhecimento aos seus artistas pretos.

O projeto tem apoio financeiro do Estado da Bahia através da Secretaria de Cultura e da Fundação Cultural do Estado da Bahia (Programa Aldir Blanc Bahia) via Lei Aldir Blanc, direcionada pela Secretaria Especial da Cultural do Ministério do Turismo, Governo Federal.

Sobre o Do Nada, um podcast – Criado pelos produtores culturais e amigos Milena Anjos, Mariana de Paula e Leandro Souza, o podcast surge como uma oportunidade de externar as diversas discussões e debates que eles tinham sobre vários assuntos pelo Whatsapp. A ideia era se conectar com mais pessoas a partir de discussões sobre raça, gênero e sexualidade da forma mais leve e informal possível. Assim, meio que do nada, nasce um podcast. Temas sociais, de relacionamento e coisas do cotidiano de três jovens pretos em Salvador são as principais abordagens do programa.

Tonho Matéria se reconhece enquanto um cantor do samba-reggae, mas que também busca na música mundial suas inspirações. Em sua trajetória artística, ele já produziu onze CDs gravados e dois DVDs e, hoje, é um cantor com respaldo internacional, com 25 anos de carreira e 8 anos de turnês fora do Brasil. É também o primeiro artista a levar a Capoeira aos palcos em Shows, único artista brasileiro convidado para a exibição de shows na África do Sul durante a copa do mundo de 2010, fez parte por diversos anos do Festival de Jazz de Montreux. O cantor ainda possui sua própria ONG, a Associação Sócio-Cultural e de Capoeira, Bloco Carnavalesco Afro Mangangá.

Foto: Divulgação

Telma Carvalho é pedagoga de formação e é responsável por fundar o grupo Samba de Roda do Machucador em Cruz das Almas. Seu objetivo com a formação do grupo é o de preservar as nossas heranças culturais dos povos pretos e resgatar a cultura do samba de roda em sua cidade natal. O grupo trabalha duas vertentes do Samba de Roda: samba chula, considerado a forma mais primitiva do samba; e o samba corrido, em que todos sambam enquanto dois solistas e o coral se alternam no canto.

Serviço

O quê: Episódio 6 da série Afrobaianos do “Do Nada, um podcast”.

Quando: 01 de abril (quinta-feira).

Onde: Acesse os programas pelo Do nada, um podcast • A podcast on Anchor

Quanto: Grátis

Redação NES
Redação NES
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