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Equipe NES percorre as ruas do Nordeste, Santa Cruz e Vale das Pedrinhas para saber os preços dos produtos da Sexta-feira Santa.

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Estamos vivendo a semana mais esperada pelos baianos, que revive a paixão, morte e ressurreição de Jesus Cristo. É também um período de tradição da comida baiana: o dendê, peixe, caruru, vatapá e os demais acompanhamentos da mesa da Sexta-feira Santa.

O Nordesteusou (NES) percorreu o comércio do Nordeste, Vale das Pedrinhas e Santa Cruz para saber por quanto ($) andam os preços dos itens indispensáveis no cardápio da importante data do calendário cristão.

EMPÓRIO SANTA CRUZ

No Empório Santa Cruz, que fica no final da linha da Santa Cruz, local que vende produtos naturais, é possível encontrar leite de coco (200 ml) por R$ 2,00, azeite (200 ml) por R$ 4,00, temperos naturais (100 gramas) por R$ 2,00, e ainda pechinchar para levar um descontinho extra.

O proprietário do estabelecimento, Rodrigo Mello, fala que o diferencial da loja é proporcionar que todos os perfis e bolsos possam garantir o cardápio da Sexta-Feira Santa. “Desde as pessoas que reúnem vários membros da família, ou até mesmo as menores, com uma ou duas pessoas, pois temos preços que variam”, diz Rodrigo.

Sacolão do Bitelo

No Sacolão do Bitelo, pode ser encontrado um dos itens indispensáveis da comida baiana: o quiabo, que está custando R$ 17,99 o kg.

Para o comerciante Bitelo, a procura é maior antes da Semana Maior, ou até mesmo com dois ou três meses de antecedência. “O preço sobe nesta época; tento ao máximo negociar para que o cliente saia satisfeito com um produto na média e de boa qualidade, mas as pessoas compram com antecedência para pegar preços menores”, revela.

Vale das Pedrinhas

Verde Mar

No Vale das Pedrinhas, a venda de peixes é tradição e sustento para muitas famílias. A Peixaria Verde Mar, comandada por Conceição Oliveira e seu esposo Cícero, moradores da comunidade, é um dos destaques locais. Com atendimento cordial, preços competitivos e qualidade garantida, o casal compartilha o segredo do sucesso: “A gente já tá nessa vida há mais de 20 anos. Conhece cada cliente pelo nome, sabe o que gostam, o jeito de cortar o peixe, tudo. Nosso diferencial tá nisso: no carinho com que a gente trata cada um que entra aqui, na higiene, no frescor do peixe. Aqui é tudo limpinho, organizado, e o que é bom a gente separa logo pra não deixar faltar. Trabalhar com peixe é puxado, mas quando a gente vê o cliente saindo satisfeito, é gratificante demais.” A variedade de espécies como corvina, guaricema, raia, tilápia, pescada amarela e dourado ganha ainda mais procura em períodos como a Semana Santa, e a presença de uma TV com conteúdos informativos e receitas ajuda a tornar a espera mais agradável.

Onda do Mar

Na rua Luiz Viana, temos a peixaria Ondas do Mar, onde há opções de siri, camarão fresco e polvo. Os preços variam a partir de R$ 19,99. “Buscamos em diversas localidades para trazer peixes acessíveis para as pessoas comprarem no próprio bairro, sem precisar se deslocar para grandes espaços”, revela Marli Regina, 57 anos, proprietária.

Valdir do Peixe

O senhor Valdir Santos, 58 anos, montou uma barraca na entrada da rua do Eco para vender peixes frescos e tratados na hora. Com valores a partir de R$ 30,00, ele tem conquistado a clientela pelos tamanhos dos peixes. É possível encontrar corvina e guaricema. “Amo o que faço. Todos saem com seu peixe para reunir a família na Semana Santa felizes”, diz o comerciante que atua no ramo há 10 anos.

Nordeste

Caça Submarina e Pesca com Vara

Uma boa opção de garantir seu peixe fresco e comprado sob medida é com Alisson de Souza França, que reside na Rua Edgard Barros, Nordeste de Amaralina, e há 20 anos trabalha com pescaria de caça submarina e pesca de vara. O jovem vende sob encomenda. Na lista de pedidos, tem polvo, lagosta e peixe budião. O kg do peixe custa R$ 25,00 e já é entregue tratado e limpo.

“Esse ano foi melhor, teve mais procura pelo pescado. A pescaria faz parte da minha rotina; faço porque amo, e poder proporcionar essas iguarias para o cliente é especial”, diz o pescador que costuma tirar seu produto das praias de Amaralina e Pituba.

Pescador Ivan

Em meio ao corre-corre da Semana Santa, quando a busca pelo peixe toma conta das ruas, os pescadores locais se tornam protagonistas dessa tradição. Ivan Ferreira, 65 anos, é um deles. Há mais de 30 anos, ele é uma figura conhecida na Rua do Norte, onde, todos os dias, antes do sol nascer, desce à praia de Amaralina, lança a rede no mar e volta com guaricema, xaréu e cavala bicuda, peixes frescos que vende na porta de casa, a preços acessíveis. “É o que eu sei fazer. Vou pro mar e trago o peixe na confiança de que vou alimentar a mim e aos meus”, diz Ivan, com a calma de quem respeita o mar e entende a necessidade do povo. Entre seus fregueses está Rui Augusto, 70 anos, que compra o peixe de Ivan para fazer uma moqueca ali mesmo na rua, com um fogaréu improvisado, servindo o prato como tira-gosto na resenha entre amigos no fim da tarde. “O segredo de uma boa moqueca de peixe é ser baiano, claro, usar bastante dendê, limão e muito coentro”, ensina Rui.

E como boa moqueca não se faz sem tempero, entra em cena Dona Dalva Pereira Sena, 75 anos. Desde a adolescência, ela vende na feirinha do bairro. Sua barraca é simples, mas não falta nada: alho, cebola, coentro, pimenta-do-reino, colorau, cominho, leite de coco, dendê e outros segredos guardados no cheiro e na prática de anos. “Todo dia eu tô aqui, no mesmo cantinho. O povo já sabe: é só chegar que tem tempero bom e conversa boa também”, conta Dona Dalva, entre uma venda e outra, enquanto orienta uma cliente sobre o ponto certo do tempero na receita.

O NES deseja um feliz e Santa Páscoa!

Texto feito por: Luis Lago, Mônica Assis e Robert de Jesus

Redação NES
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