Pedro Henrique Silva Almeida, de 24 anos, é vex morador do Luís Anselmo que decidiu ir tentar a vida no exterior. O jovem diz que despertou o desejo de morar na Itália há sete anos atrás e aproveitou que a sua avó já tinha cidadania italiana para concretizar o sonho.
“É um processo muito burocrático para conseguir documentos. Desde 2016 que despertei esse desejo, mas somente em 2019 que minha mãe conseguiu finalizar a documentação. Porém, em 2020, aconteceu a pandemia e não pude me mudar. Em 2021 finalmente embarquei”, conta Pedro.
“É uma experiência única, fora da zona de conforto. Tudo que a gente vê e vive no Brasil, principalmente para quem cresceu em periferia, a realidade é completamente diferente. Aqui é um lugar que conseguimos trabalhar e conquistar as coisas. Não significa que seja fácil, mas trabalhando conseguimos ter o que queremos.”, pontua.
“O processo de adaptação é bastante complicado. Quando cheguei, já queria voltar no terceiro dia, mas tive que ficar aqui obrigatoriamente porque a passagem de volta foi cancelada. Fui me adaptando, conseguir um trabalho de entregador de jornal durante a madrugada e tinha o resto do dia livre. Depois, comecei a trabalhar em uma distribuidora de bebidas e estou aqui há mais de 1 ano”, continua.
“Hoje, estou muito mais adaptado ao clima, a cidade, as pessoas. Eles são muito preconceituosos e temos que estar prontos para superar todas as dificuldades, principalmente com o idioma. Graças a Deus estou muito bem aqui e não tenho pretensão de voltar para o Brasil, só nas férias. A pessoa que quer mudar de vida precisa sair da zona de conforto e mudar de país foi o maior desafio que eu já fiz na minha vida. É difícil ficar longe dos amigos, da família, mas não me arrependo”, acrescenta o jovem.
Mas, para quem pensa que a vida no exterior é fácil está bem enganado. Segundo Pedro, os trabalhos para quem é estrangeiro são mais “pesados” e até como ajudante de pedreiro ele ja atuou.
“No Brasil, trabalhei como promotor de vendas, jovem aprendiz em escritório e setor comercial. Assim que cheguei aqui, trabalhei como ajudante de pedreiro, entregador de jornal e agora na empresa de distribuição de bebidas. Os trabalhos aqui são mais puxados, principalmente nessa época de verão. Entramos na empresa e não sabemos que horas vamos sair, mas vale a pena”, conclui.