Nos últimos anos, tem ganhado destaque um fenômeno que não é exatamente novo, mas agora atinge mais visibilidade: homens que mantêm relações sexuais com outros homens, mas se identificam como heterossexuais. Esse comportamento é conhecido como heteroflexibilidade ou “hétero flex”.
O que é heteroflexibilidade?
O termo descreve indivíduos que se definem como majoritariamente heterossexuais, mas que eventualmente têm contato sexual com pessoas do mesmo sexo. A diferença em relação à bissexualidade é que, em geral, não há envolvimento afetivo ou desejo romântico, e sim um ato pontual, muitas vezes mantido em sigilo.
Diferença entre “hétero flex” e bissexualidade
Embora haja semelhanças, a heteroflexibilidade destaca que a atração ou ato sexual com pessoas do mesmo sexo acontece de forma ocasional, sem representar a identidade sexual central da pessoa. Já a bissexualidade envolve atração por mais de um gênero de forma mais ampla e contínua. Essa distinção, no entanto, é polêmica, já que muitos apontam que o termo “hétero flex” pode invisibilizar a bissexualidade.
Por que o termo surge?
Esse tipo de comportamento existe há muito tempo, mas ganha novos contornos em uma sociedade que ainda valoriza a heteronormatividade. Para muitos, assumir-se como “hétero flex” é uma forma de explorar a sexualidade sem abrir mão da identidade social de heterossexual, muitas vezes vista como mais aceitável e menos estigmatizada.
Um termo relacionado: goy
No Brasil, existe ainda o movimento chamado goy, formado por homens que sentem atração por outros homens, mas não se identificam como gays ou bissexuais. Nesse grupo, algumas práticas sexuais são rejeitadas por serem associadas a estigmas, reforçando a ideia de distinção em relação ao universo gay.
Por que isso importa?
- Mostra que identidade e comportamento não são a mesma coisa.
- Reforça que a sexualidade pode ser fluida e não limitada a rótulos rígidos.
- Levanta debates sobre saúde, estigma e respeito às formas diversas de se identificar.
A sexualidade humana é múltipla, complexa e repleta de nuances. A heteroflexibilidade, longe de ser apenas uma tendência, é um exemplo de como os desejos e comportamentos podem desafiar classificações tradicionais, revelando novas formas de viver e entender a intimidade.
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