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Iemanjá: conheça a origem das homenagens a “Rainha do Mar”

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Na passagem do ano muitas pessoas prestam homenagem a Iemanjá. O ritual se repete pelas praias do Brasil.

Os devotos levam para o mar vários presentes que são tidos como recusados quando não afundam ou quando são devolvidos à praia.

Entre as oferendas, são comuns flores, bijuterias, vidros de perfumes, sabonetes, espelhos e comidas. A celebração também inclui o “banho de pipoca” e as sete ondas, que são puladas como forma de pedir sorte à orixá.

Considerada a rainha do mar no Brasil, Iemajá é um orixá feminino – divindade africana das religiões Candomblé e Umbanda. Seu  nome tem origem nos termos do idioma africano Yorubá “Yèyé omo ejá”, que significa “Mãe cujos filhoes são como peixes”. É o orixá das águas doces e salgados dos Egbá,  nação Iorubá.

A figura de Iemanjá foi associada ao ambiente marítimo devido à sua penetração na região Norte do Brasil, onde é considerada a padroeira dos pescadores. Em sua origem afriacana entre os Iorubatanos no Daomé, a mãe dágua tinha origem fluvial.

A divindade é conhecida por diferentes nomes no Brasil: Dandalunda, Inaé, Ísis, Janaína, Marabô, Maria, Mucunã, Princesa de Aiocá, Princesa do Mar, Rainha do Mar, Sereia do Mar, entre outros.

A principal festa brasileira em homenagem a Iemanjá acontece no dia 2 de fevereiro em Salvador (BA), mas as celebrações em sua homenagem também ocorrem em 15 de agosto, 8 de dezembro e 31 de dezembro.

No sincretismo religioso –  associação entre a cultura religiosa africana e os ritos católicos realizados no Brasil –  Iemanjá corresponde a Nossa Senhora dos Navegantes, Nossa Senhora da Conceição, Nossa Senhora das Candeias, Nossa Senhora da Piedade e Virgem Maria.

Conheças as principais festas que homenageiam Iemanjá


Salvador

No dia 2 de fevereiro acontece em Salvador, capital do estado da Bahia, a maior festa popular dedicada a Iemanjá. Neste dia, milhares de pessoas trajadas de branco fazem uma procissão até ao templo de Iemanjá, localizado na praia do Rio Vermelho, onde deixam os presentes em pequenos barcos artesanais que os levam para o mar. No mesmo dia acontece a festa católica em homengagem a Nossa Senhora dos Navegantes  na Igreja de Nossa Senhora da Conceição da Praia na Cidade Baixa.

Também em Salvador, no dia 8 de dezembro, dedicado à Nossa Senhora da Conceição da Praia, feriado municipal na cidade, é realizado no Monte Serrat, na Pedra Furada, o presente de Iemanjá, manifestação popular que tem origem na devoção dos pescadores locais à Rainha do Mar – também conhecida na região como Janaína.

Pelotas (RS)

No Rio Grande do Sul também é comemorada a festa de Iemanjá no mesmo dia de Nossa Senhora dos Navegantes. Em Pelotas, a imagem da santa católica é carregada até o Porto de Pelotas, mas antes do encerramento da homenagem, as embarcações param e são recepcionadas por umbandistas que carregam a imagem de Iemanjá.

João Pessoa (PB)

Na capital da Paraíba no dia 08 de dezembro, o feriado municipal dedicado à Nossa Senhora da Conceição é também o dia da festa em homenagem à Iemanjá, realizada na Praia de Tambaú em um palco circular cercado de bandeiras e fitas azuis e brancas onde acontece o desfile dos orixás.

Porto Alegre (RS)

Em Porto Alegre a homenagem a Iemanjá acontece junto com a de Nossa Senhora dos Navegantes, em 2 de fevereiro. Originalmente uma procissão fluvial que partia do cais do porto e percorria o Guaíba levando a imagem da santa do centro da cidade até a Igreja de Nossa Senhora dos Navegantes. Hoje a procissão é feita por terra e a imagem parte da Igreja de  Nossa Senhora do Rosário, no centro da cidade.

Agência Brasil

Redação NES
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