A Justiça da Bahia iniciou nesta terça-feira (18) o julgamento do caso conhecido como “Golpe do Pix”, que envolveu o desvio de mais de R$ 400 mil em doações e fez 17 vítimas. O esquema foi descoberto após a Record TV Itapoan identificar irregularidades nas contas bancárias usadas para as doações.
Entre os 12 réus estão os jornalistas Marcelo Castro e Jamerson Oliveira, apontados pelo Ministério Público (MP-BA) como líderes do golpe. A denúncia, apresentada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco) e pela 10ª Promotoria de Justiça Criminal de Salvador, aponta que o grupo atuou entre 2022 e 2023, desviando doações feitas através de chaves Pix exibidas em um programa televisivo, destinado a ajudar pessoas em situação de vulnerabilidade social. Dos R$ 540 mil arrecadados durante esse período, aproximadamente 75% do valor (cerca de R$ 410 mil) foi apropriado indevidamente pelos integrantes da associação criminosa, enquanto apenas R$ 135.945,71 foram efetivamente repassados às vítimas.
Três vítimas já prestaram depoimento, e as demais ainda serão ouvidas. A audiência segue com depoimentos das vítimas, testemunhas de acusação e, por fim, de defesa.