Os painéis dedicados à mídia, às artes e à representatividade foram destaques no Festival Negritudes Globo 2025, reforçando a importância da produção cultural e do protagonismo negro na comunicação, na música e nas redes sociais.
Homenagem e responsabilidade nas redes sociais
No painel “As telas entretêm, informam e educam”, mediado por Vanderson Nascimento, o público prestou homenagem à publicitária, escritora, roteirista e dramaturga Ana Maria Gonçalves, primeira mulher negra a ocupar uma cadeira na Academia Brasileira de Letras. O jornalista destacou a relevância da autora para a literatura afro-brasileira e exaltou sua obra mais conhecida, “Um Defeito de Cor”.
A segunda parte do painel contou com a participação da cantora Luedji Luna, da chef Lili Almeida e da influenciadora Camilla de Lucas, que discutiram o papel das redes sociais e a responsabilidade no ambiente digital. Camilla criticou influenciadores que produzem conteúdos superficiais, enquanto Lili ressaltou como as plataformas foram essenciais para impulsionar sua trajetória como chef e comunicadora.
Música, oralidade e memória ancestral
O painel “Cantos e contos brasileiros”, mediado pela jornalista Luana Souza, trouxe reflexões sobre a música como forma de resistência e expressão da identidade negra. O cantor Márcio Vitor defendeu a importância de retratar a realidade das periferias nas letras de pagode. O coreógrafo Zebrinha compartilhou histórias sobre o início de sua carreira, e a atriz e cantora Gabz falou sobre o impacto de protagonizar uma novela.
A cantora Mariene de Castro, que também se apresentou na abertura do festival, destacou a força da oralidade e da ancestralidade como marcas da música popular brasileira.
Pagodão e interação com o público
Abrindo o segundo momento do evento, o quadro “Acerte o Pagodão”, comandado por Raoni Oliveira, colocou o público para cantar e dançar ao som de clássicos do pagode baiano em um jogo interativo e cheio de animação.
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