O treinador Rogério Ceni elogiou o time do Bahia depois da vitória diante do Fortaleza, neste sábado (21), na Arena Fonte Nova. O time chegou à 12ª colocação, a quatro pontos do Z4, temporariamente – a rodada ainda será encerrada neste domingo. “Eu acho que esse é o Bahia que o torcedor sonha, que todos nós que trabalhamos aqui ou torcemos pelo clube desejamos. Se pode melhorar, acho que sempre pode, em várias questões. Na parte anímica, de desejo, acho muito difícil ter mais do que a gente teve, se entregaram completamente hoje”, disse.
Ele destacou a partida de Yago Felipe e Nico Acevedo. “Sempre falo, falei do Cauly em Goiânia, do Everaldo no último jogo, poderia destacar vários jogadores, mas a dupla de volantes que jogou hoje fez um jogo excepcional. Tanto o Nico quanto o Yago foram muito bem no jogo, demonstraram espírito de luta e entrega do nosso time. Nesse aspecto acho que deixamos o máximo dentro de campo. Todo mundo saiu no limite, agora com construção, marcação, isso tudo sem dúvida a gente pode entregar um pouco mais”, disse o técnico na coletiva após o jogo.
O técnico destacou a importância do trabalho de bola parada. “Na verdade, a bola parada a gente vem treinando desde o primeiro dia. São 28 jogadores e no mínimo 8 durante o trabalho tático eu revezo e vão trabalhar a bola parada”, disse. “Desde muitos anos atrás a gente tem sempre um consultor, especialista em bola parada, e é uma das coisas que a gente quer usufruir do Grupo City, que tem um especialista em bola parada, para que a gente evolua cada vez mais. Mas vale destacar a batida do Biel, a velocidade da bola, a trajetória da bola, e aí o Kanu subinho praticamente sozinho, no terceiro andar. Não era um dos times mais altos hoje, sem Rezende, mas a qualidade da batida faz a diferença. Que seja o primeiro gol de muitos. O Bahia não é um time que tem muito costume de fazer gols de escanteio, de bola cruzada na área. Que a gente possa evoluir nesse quesito e continuar não sofrendo gols. E tentar fazer nossos golzinhos de bola parada”, disse. “É um investimento que a longo prazo você tem que pensar sempre, na montagem de elenco, ter no mínimo cinco jogadores de porte alto, bom jogo aéreo, porque a gente se cansa de ver jogos sendo decididos na bola parada”.
Depois da boa sequência com três vitórias, dois deles em Salvador, agora o Bahia encara três partidas das próximas quatro fora de casa. “Não tem jogo no Brasileiro, em casa ou fora, não há partida simples, fácil. Nosso próximo jogo é contra um concorrente direto (Cruzeiro)”, disse Ceni. “Vamos competir. Um time que mostrou alma, mostrou coração, e é nessa toada que tem que seguir. Se falta alguma coisa, se pode melhorar tecnicamente, ou como conjunto ainda, esse valor que tem o triunfo, esse não pode nunca faltar pra gente”, disse.
Na sua análise da partida, Ceni avaliou que o time ainda se precipita às vezes. “Controle do jogo foi melhor que no último, mas acho que ainda a gente pode melhorar. Às vezes a gente se precipita ao lançar uma bola, ao cruzar uma bola quando poderia parar, trabalhar um pouquinho mais. Perto do dia que chegamos para hoje há uma evolução absurda, perto do ideal acho que ainda falta bastante”, disse.