Não, não há novidade nesse texto. Apenas um desabafo e uma nota de repúdio à mais um capítulo da forma preconceituosa com que grande parte da imprensa baiana trata a periferia de Salvador, em especial o Complexo Nordeste de Amaralina. Na situação em questão o programa de jornalismo policial (se é que programas dessa estirpe pode usar a alcunha “de jornalismo”) Balanço Geral e o repórter travestido de “dublê” de policial, Marcelo Castro.
No inicio da tarde desta sexta-feira (11), Castro, mauricinho oriundo da burguesia soteropolitana, de pensamento e inteligência tão obtusa que chegam a corar de vergonha os seus colegas de imprensa, se refere à comunidade do Nordeste de Amaralina, de forma jocosa, como “faixa de gaza”.
Para os mais desinformados, “faixa de gaza” é o nome que se dá a uma estreita extensão territorial localizada no Oriente Médio e que faz fronteira com o Egito e Israel. Essa fronteira é separada por cercas em decorrência do conflito entre Israel e Palestina que disputam a posse dessa região.
Mostrando total desconhecimento sobre a região, sua história e população, o “lambe botas” que somente entra na localidade escoltado por aqueles que ele bajula, no caso a PM, usa e abusa de frases descabidas e desinformações. Não faz jornalismo, apenas reforça a covardia. Não traz informações e não comunica. Apenas usa o microfone para repetir o discurso oficial e daqueles que o pagam. Vergonha. No auge de sua desinteligência, com o microfone ligado e o cérebro em modo offline, se é que o tem, destila preconceitos e desrespeita os milhares de trabalhadores da região.
“Sou playboy e vivo na farra. Vou à praia todo dia e sou cheio de marra. Só ando com a galera e nela me garanto. Só que quando estou sozinho eu só ando pelos cantos”. Gabriel Pensador na canção Retrato de um Playboy II. Caro Marcelo, apareça na comunidade… Venha conhecer nossa gente e suas inúmeras qualidades. Mostre que não é apenas um reles baba-ovo debaixo de um colete a prova de balas. Enfim.