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[Coluna NES] Laís Guimarães: Exemplo de representatividade e talento. 

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Por Betho Wilson

Berço de tantos personagens ligados à arte que romperam limites geográficos e ganharam espaço por toda Bahia, pelo Brasil e o mundo, de onde vimos nascer obras clássicas da música popular brasileira, o bairro da Santa Cruz, que compõe a região do Nordeste de Amaralina com o Vale das Pedrinhas e a Chapada do Rio Vermelho, nos presenteia com ricos talentos que nos orgulham e representam na cena musical de Salvador.

Vemos nessa cercania a efervescência e a pluralidade de estilos e ritmos que enriquecem na diversidade as ruas e locais de cultura encontrados por toda região do agrupamento de bairros e, em meio a tanta informação e assunto da mais afluente qualidade, nos deparamos com uma artista filha de nosso lugar, que faz de seu dom instrumento de transformação e encantamento, tocando melodias que penetram aos ouvidos e descansam na alma de quem lhe ouve os arpejos.

Laís Guimarães (@laisguimaraesviola), 27 anos, filha de dona Maria Helena, nascida e criada em nossa comunidade, é mais uma das grandes e importantes estrelas que compõem a constelação de talentos de nosso bairro, uma figura visivelmente tranquila e doce tal qual o instrumento que utiliza para expressar sua arte, a Viola, nas apresentações das orquestras das quais faz parte e de seu Quinteto da Bahia e sua música de câmara.

Laís é violetista da OSBA, Orquestra Sinfônica da Bahia (@orquestrasinfonicadabahia) e também da OSUFBA, Orquestra Sinfônica da Universidade Federal da Bahia. Sua caminhada até alcançar uma cadeira entre músicos dessas importantes sinfônicas começou aos 13 anos aqui mesmo na Santa Cruz, quando, por iniciativa de uma vizinha, lá pelos idos de 2009, foi indicada a conhecer um projeto que acolhia jovens e os ensinava a tocar instrumentos de música clássica. O projeto Estrelas Musicais, foi fundado pelo músico da OSBA, Lucho Ibarra com sede na região do Coqueiral de Amaralina.

Inserida nesse universo melódico, desejando conhecer e se aprofundar no violino, instrumento de sua predileção no início do processo, quis o destino que a viola fosse sua companheira e após um ano de estudos iniciais com o professor Marcos Maciel, Laís ingressa no Neojiba, projeto do TCA, Teatro Castro Alves, onde passa a ministrar aulas e é essa nova ambientação que faz-se abrir uma porta de possibilidades como havia profetizado anos antes seu professor ao afirmar para sua mãe: “Dona Helena, sua filha chegará decerto à Orquestra Sinfônica da Bahia.”

Sabemos que o ambiente das orquestras é majoritariamente permeado pela presença masculina e que mulheres raramente ocupam esse lugar que, para a sociedade retrógrada, deve ser reservado apenas para homens. Laís, no entanto, nos traz em seu exemplo e história a força da mulher que independentemente de sua origem social é, sim, capaz de ocupar e realizar as mesmas ações que os homens de igual para igual e em muitos casos até com maior desenvoltura e destreza e em qualquer área.

Definitivamente nossa comunidade é celeiro de bons exemplos em diversas áreas como a artística, um nascedouro que não cessa de eclodir verdadeiras potências de exemplo e representatividade. Que testemunhemos o nascimento de muitas outras Laíses, mulher que através de sua música rompeu fronteiras, tocando em outros continentes, outros países, outros ouvidos e almas, ampliando sua existência e amplificando sua voz, e assim vejamos brilhar mais estrelas em nossa constelação plural de cultura.

Redação NES
Redação NES
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