Por Alberto Junior*
Meus caros, escrevo este texto para tentar explicar à comunidade a importância do nosso bairro ter um vereador que nos represente frente ao legislativo municipal.
Segundo a Constituição Brasileira de 1988, é atribuído aos vereadores o direito de legislar, ou seja, criar leis que tornem as sociedades mais justas e humanas, o direito da fiscalização financeira e da execução orçamentária, mantendo o controle externo do poder executivo municipal. Além disso, fazer o julgamento das contas apresentadas pelo prefeito, o que pratica ato de administração interna.
Muitas pessoas acreditam, por falta de orientação educacional e conhecimento político, que o vereador deve proporcionar para a comunidade ações como: cestas básicas, materiais para reforma de casas, iluminação nas ruas, asfaltos, brinquedos para as crianças, roupas para times de futebol, dentre outras coisas. Tudo isso que acabei de pontuar não faz parte do trabalho do vereador, e sim do executivo municipal, no caso, o prefeito. Cabe ao vereador fiscalizar e administrar se, de fato, o que é de direito está sendo realizado.
Quando um candidato ao cargo de vereador chega a nossa comunidade, oferece essas ações e promete-as, caso seja eleito, está repetindo as práticas do que ficou conhecido na história no início da República no Brasil. Os coronéis tinham total influência sobre a população local devido à ausência do Estado em relação a políticas públicas que levassem a localidade ao progresso. Desta forma, eles faziam com que essa população votasse no candidato que, na política, defenderia os interesses não de todos, mas sim da própria eleite da época. A mesma coisa eles fazem quando chegam com esse tipo de promessa. Só desejam mesmo ganhar o voto para garantir a sua eleição e não dão o devido retorno de que a comunidade necessita.
Entretanto, venho por meio deste, alertar toda a comunidade sobre a importância do voto como instrumento de transformação social para o bairro e a cidade. É preciso que todos votem em um candidato que seja de dentro da própria comunidade e que defenda os interesses desta. O candidato que vem de uma outra realidade não conhece a nossa realidade e os nossos anseios. É preciso acreditar no nosso povo e parar de ver o cara de fora como o Salvador da comunidade. É importante que possamos pensar coletivamente e não individualmente.
Portanto, a mudança social que tanto queremos está em nossas mãos e não sabemos como utilizá-la. Talvez, seja muito interessante para nós o hábito da leitura atrelado ao conhecimento histórico, visto que não compreenderemos a política jamais sem conhecermos a nossa própria história.
*Alberto Junior é Historiador