O Festival da Juventude do Nordeste de Amaralina começou nesta quinta-feira (22), com as oficinas de dança e grafite realizadas no Colégio Estadual Polivalente de Amaralina, no Beco da Cultura. As atividades, que ocupam as salas da escola no turno da manhã, são voltadas especialmente para adolescentes e jovens da comunidade e têm reunido dezenas de participantes.
Para o técnico em dança Jhon Leão, de 24 anos, estar no festival é mais do que ensinar passos coreografados, é sobre formar consciências. “É gratificante demais movimentar o público jovem e mostrar que a dança vai muito além do que se vê no Instagram. Ela tem história, tem contexto, tem o porquê das movimentações”, afirmou. Segundo ele, a oficina foi pensada com cuidado para atender todas as idades, respeitando os limites e possibilidades do corpo humano. “A gente tenta plantar uma semente em cada um e vai na fé de que vai dar certo”, finaliza.

Já no universo do grafite, quem comanda a oficina é o arte-educador e grafiteiro Been Andrade, de 35 anos. Em uma sala cheia, ele destaca a importância de trazer essa expressão artística para dentro do espaço escolar. “É satisfatório saber que posso proporcionar essa interação com uma cultura que antes foi marginalizada e hoje é contemplada como arte. Ver cada jovem interagindo com os elementos do grafite, aprendendo, expressando sua identidade, é gratificante demais”, relatou. Ele destaca que o público pode esperar uma grande exibição no sábado (24). “Vai ter muita identidade, porque cada um tem uma característica própria. A ideia é que eles transformem esse ambiente e espalhem essa transformação”, anima.
Participando pela primeira vez, a estudante Bruna Santos, de 17 anos, conta que está vivendo um sonho. “Estou adorando. É uma coisa nova, sempre tive vontade de conhecer mais sobre as técnicas do grafite”, relata.
As oficinas de dança e grafite continuam nesta sexta-feira (23), sempre no turno da manhã. E no sábado (24), haverá a exibição dos trabalhos produzidos durante a semana, a confecção de um grande painel grafitado coletivo, além de apresentações de capoeira e dança abertas ao público.