Nascido e criado no Nordeste de Amaralina, o músico Sergio Duarte tem em Iemanjá a sua maior fonte de inspiração. Em uma entrevista ao Nordesteusou, Sérgio compartilhou sua trajetória artística e como surgiu sua devoção à Rainha das Águas.
De acordo com o músico, ingressou em um grupo de fanfarra escolar. Aos 18 anos, teve a oportunidade única de tocar nos Zarabe, projeto do cantor e compositor Carlinhos Brown, que se revelou como um catalisador para que pudesse rabiscar suas primeiras composições:
“Sempre tive facilidade em transpor para o papel meus pensamentos e sentimentos através da poesia. Aos 18 anos, tive a incrível oportunidade de tocar nesse projeto, onde permaneci por 2 anos. Essa experiência foi uma mola propulsora e motivadora para que desse os meus primeiros passos como compositor,” explica.
Ogã de um terreiro de candomblé da nação Ketu e com forte ligação com o mar, Duarte explica que procura “não apenas criar músicas, mas se conectar profundamente com sua fé”:
“Yemanjá é minha mãe… Isso representa muito em minha vida e em minha evolução espiritual. Tenho cerca de 13 músicas que falam de Yemanjá, em várias vertentes, onde procuro expressar esse grande sentimento. Escrever e cantar para Yemanjá é a única forma que tive de dizer para ela: Obrigado por tudo em minha vida.”
Sergio Duarte destaca a importância da música como instrumento de transformação na vida de cada indivíduo:
“A música é o maior instrumento de transformação na vida de um cidadão. A música nos faz seres humanos melhores, abre novos horizontes e nos ajuda nesse árduo caminho da vida.”
“Precisamos resgatar para os jovens, que têm entre 12 e 25 anos, a compreensão de que o povo baiano tem um grande legado. A música Afro-baiana precisa voltar ao seu lugar de destaque,” completa.