Moradora da Santa Cruz faz participação na Bienal do Livro

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A pedagoga e pós-graduada em Educação Digital e Coordenação e Gestão Pedagógica, Camila Gomes do Vale, emociona-se ao compartilhar sua jornada acadêmica, que a levou a participar da Bienal do Livro como autora. Residente da Santa Cruz, bairro integrante do Complexo do Nordeste de Amaralina, Camila viu na educação o caminho para vencer os obstáculos da vida.

“Decidi escrever minha experiência como cursista do curso em Educação Digital. Meu processo de escrita não foi fácil para mim, pois foi no momento em que meu avô tinha falecido, estava em processo de luto e com o psicológico abalado. Mesmo assim, eu não desisti e aos poucos fui construindo meu texto e, em sete dias, consegui terminar a escrita”, compartilhou Camila.

Após passar por um rigoroso processo seletivo, seu texto foi selecionado para compor a coletânea da UNEB, uma conquista que a encheu de felicidade e gratidão. “Vi nesse livro a possibilidade de cursar o mestrado. Tenho fé em Deus que vou conseguir”, afirmou.

Como uma das autoras da coletânea, Camila foi convidada a participar da Bienal do Livro para o lançamento de sua obra, um momento que descreve como uma “explosão de sentimentos”. Para ela, o livro e sua presença na Bienal representam a superação dos desafios enfrentados e a oportunidade de mostrar que a periferia também é fonte de cultura e conhecimento.

“Vejo a educação como um único caminho para vencer as lutas da vida. Como moradora do Alto do Areal, do Complexo Nordeste, é uma honra não só pessoal, mas coletiva, de mostrar para a sociedade que a periferia também tem cultura, também produz conhecimento e é culta”, enfatizou.

Originária de uma família simples e tendo estudado em escolas públicas, Camila deseja inspirar outras meninas da favela a perseguirem seus sonhos e buscarem sempre o melhor para si. Sua história é um testemunho do poder transformador da educação e da determinação em superar adversidades.

Robert Santos
Robert Santos
Um taurino falando de tudo um pouco. Vez ou outra o assunto é sério. Tô sempre procurando maneiras melhores de viver a vida e reclamando no caminho porque ninguém é de ferro.

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