Enquanto a maioria estão em busca de diversão até o último segundo da folia, tem outros que estão em busca de garantir comida na mesa. Muitos deles, são os “trabalhadores invisíveis” da folia. Um bom exemplo são os catadores de materiais recicláveis.
“Gostei e estou amando. O povo com seu divertimento, e eu correndo atrás do meu dinheiro”, vibra Maria da Conceição, de 64 anos, que tenta conquistar seu ganha pão entre um folião e outro que acompanham a passagem do trio eletrônico.
A moradora da Chapada do Rio Vermelho, tem quatro filhos e dois netos, tendo como principal fonte de renda a coleta material reciclável.
Apesar da idade, dona Maria não fez a contribuição com Instituto Nacional do Seguro Social(INSS). Mesmo diante dificuldade não se deixa abater.
“A festa aumenta o consumo de bebidas e consigo mais latinha. Até o momento estou com uma sacola grande e cheia”, comenta dona Maria que ao longo da reportagem foi notório seu sorriso no rosto no exercer da função.
Rodrigo Coelho, diretor jurídico do NORDESTEuSOU e um dos idealizadores do Auê do Vale das Pedrinhas, destaca a importância dessas ações para impulsionar a economia local do Nordeste de Amaralina:
“A criação de um novo circuito alternativo é também a geração de emprego e renda , é muito gratificante saber que temos o compromisso e a responsabilidade de contribuir para o sustento dos moradores da nossa comunidade quem trabalha com reciclagem ao moto taxista os vendedores ambulantes os depósitos de bebidas a feira de abadás, o consumo gera renda e estimula a cadeia produtiva”, pontua Coelho.
